D. José Tolentino Mendonça nomeado para a Propaganda Fide
O cardeal português D. José Tolentino Mendonça foi nomeado, na terça-feira, pelo Papa Francisco, como membro da Congregação para a Evangelização dos Povos (Propaganda Fide), organismo da Cúria Romana que acompanha a vida das comunidades católicas nos chamados países de missão [N.d.R.: incluindo também as Regiões Administrativas Especiais de Macau e Hong Kong].
A congregação é actualmente presidida pelo cardeal filipino D. Luis Antonio Tagle desde 2019.
D. José Tolentino Mendonça, arquivista e bibliotecário do Vaticano, é membro do Conselho Pontifício da Cultura; foi criado cardeal pelo Papa Francisco em Outubro de 2019.
De acordo com a actual constituição da Cúria Romana, a Congregação para a Evangelização dos Povos tem como competência “dirigir e coordenar no mundo inteiro a obra mesma da evangelização dos povos e a cooperação missionária”; administra o seu património e os outros bens destinados às missões, mediante um departamento especial.
Biblista, investigador, poeta e ensaísta, D. José Tolentino Mendonça é o sexto prelado português a integrar o Colégio Cardinalício no Século XXI, o terceiro no actual pontificado.
Numa conferência “online”, pelo encerramento do Outubro Missionário, em Portugal, o cardeal madeirense afirmou que a pandemia é «terra de missão» e que este tempo não pode ser abandonado.
«Não podemos abandonar a pandemia mas devemos tornar a pandemia terra de missão. O aqui e o agora são sempre os lugares onde Deus fala», disse o arquivista e bibliotecário do Vaticano, na conferência promovida pelos Institutos Missionários Ad Gentes, no âmbito de um ciclo intitulado “A falta que um rosto faz…”.
Oração: antídoto para a inquietação
O Papa apresentou a oração como um antídoto para a «inquietação» contemporânea, na última quarta-feira, sublinhando a necessidade de «abertura à vontade de Deus» na vida cristã.
Na audiência semanal, que vem sendo transmitida por via “online” devido à pandemia do Covid-19, Francisco desafiou os católicos a rezar de forma «simples»: «Senhor, o que quiseres, quando quiseres e como quiseres».
«Rezam assim, não irritando-se porque os dias são cheios de problemas, mas indo ao encontro da realidade e sabendo que no amor humilde, no amor oferecido em cada situação, nos tornamos instrumentos da graça de Deus», apontou o Santo Padre.
In ECCLESIA