Papa convida católicos a rezar pela paz
O Papa apelou, no passado Domingo, à oração dos católicos pela paz em Myanmar, unindo-se a uma iniciativa lançada pelos bispos do país do Sudeste Asiático.
«Há uma iniciativa que tenho no meu coração, a da Igreja birmanesa, que convida a rezar pela paz, reservando para Myanmar uma Ave-Maria do terço diário», disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do “Regina Caeli”, com a presença de peregrinos na Praça de São Pedro.
«Todos nos dirigimos à Mãe, quando estamos em necessidade ou dificuldade. Neste mês, pedimos à nossa Mãe do Céu que fale ao coração de todos os responsáveis de Myanmar, para que encontrem a coragem de percorrer o caminho do encontro, da reconciliação e da paz», acrescentou.
Pelo menos 759 pessoas morreram desde a revolta de 1 de Fevereiro, na repressão das forças de segurança contra o comando militar, segundo números da Associação de Assistência aos Prisioneiros Políticos (AAPP) em Myanmar.
Francisco destacou que o mês de Maio é particularmente marcado, nas comunidades católicas, pela devoção à Virgem Maria.
«Este ano, será caraterizado por uma maratona de oração, através de importantes santuários marianos, para implorar o fim da pandemia», apontou.
«O fruto a dar é o amor. Ligados a Cristo, recebemos os dons do Espírito Santo, e assim podemos fazer o bem ao próximo e à sociedade, à Igreja», indicou.
Francisco desafiou os peregrinos a pensar e agir como Jesus, «começando pelos mais pobres e sofredores, como Ele».
BISPOS PREOCUPADOS COM CABO DELGADO
O arcebispo de Nampula (Moçambique) e membro do Comité Permanente da Associação Inter-regional dos Bispos da África Austral (IMBISA) disse que os bispos da África Austral demonstraram preocupação com os ataques em Cabo Delgado, pelo que estão a incentivar ao acolhimento dos deslocados.
«Sem excluir a atenção e a vigilância, também temos de procurar acolhê-los com muito respeito e com muito carinho», sublinhou D. Inácio Saúre ao portal “Vatican News”.
O arcebispo de Nampula explicou que a Igreja tem encorajado as comunidades cristãs e a todas as pessoas de boa vontade a acolher «de bom grado» os deslocados, referindo que há desconfiança que existam infiltrados que são causadores dos ataques armados.