Manifestação do 1.º de Julho com fraca adesão

Guarda-chuva emperrado

O número de manifestantes que saiu à rua em protesto no 18.º aniversário da transferência do exercício de soberania de Hong Kong para a China foi o mais baixo desde 2008, segundo números da organização.

Daisy Chan, da Frente Civil para os Direitos Humanos, que organiza a marcha anual do 1.º de Julho, data da transferência da soberania de Hong Kong do Reino Unido para a China, disse que mais de 48 mil pessoas participaram na manifestação realizada na quarta-feira. Esta foi a participação mais baixa divulgada pela organização desde 2008.

Já as forças de segurança da antiga colónia britânica fixaram em 19 mil 650 pessoas o total de participantes no protesto, que começou no Parque Vitória com 6 mil 240 manifestantes, refere a rádio e televisão pública de Hong Kong (RTHK).

Os milhares de pessoas que percorreram as ruas até à sede do Governo pediram o sufrágio universal e a demissão do Chefe do Executivo, CY Leung, entre outras reivindicações relacionadas com o desenvolvimento da cidade.

A manifestação, que este ano decorreu sob o lema “construir a democracia, recuperar o futuro”, chegou à sede do Governo por volta das 19 horas e 30, quatro horas após o início.

No ano passado, a adesão à manifestação do dia da transição foi estimada pelos organizadores em 510 mil pessoas e pelas autoridades em 98 mil e 600 pessoas, as quais saíram à rua para protestarem contra o Livro Branco de Pequim sobre “um país, dois sistemas” e processo de reforma política, incluindo a metodologia defendida pelo Governo Central para a eleição do Chefe do Executivo de Hong Kong, em 2017.

A proposta dava, pela primeira vez, oportunidade a todos residentes de Hong Kong de em 2017 votarem nas eleições para o Chefe do Executivo, mas sob a condição de que todos os candidatos – dois ou três no máximo – fossem pré-seleccionados por um comité conotado com Pequim.

A mesma proposta de lei foi rejeitada no Conselho Legislativo de Hong Kong há duas semanas, com o voto contra em bloco da ala pró-democracia e de outro deputado e os votos favoráveis de oito deputados da ala pró-Pequim.

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