Pela paz e contra o ódio
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) apelou à oração para uma saída pacífica para a crise na Bielorrússia, destacando a acção da Igreja Católica em favor da paz.
Em informação enviada à Agência ECCLESIA, na última segunda-feira, pelo secretariado português da AIS, Magda Kaczmarek, especialista da fundação pontifícia nos assuntos da Bielorrússia, sublinhou a importância da mensagem de D. Tadeusz Kondrusiewicz, lembrando que “não haverá verdade onde a violência triunfa”, tendo pedido “a todos os benfeitores” da Ajuda à Igreja que Sofre “para rezarem pela paz e contra o ódio”.
A Bielorrússia vive uma “grave crise política” de “consequências imprevisíveis” na sequência das eleições presenciais de 9 de Agosto que reelegeram para um sexto mandato o Presidente Alexander Lukashenko, há 26 anos no poder, mas foram consideradas “fraudulentas pela oposição”.
Os protestos por eleições livres continuaram nos dias 5 e 6 de Setembro e a Fundação AIS alerta para o “aumento em algumas dezenas o número de manifestantes detidos pelas forças policiais”.
O arcebispo de Minsk e presidente da Conferência dos Bispos Católicos da Bielorrússia, D. Tadeusz Kondrusievicz, que criticou a violência policial contra os manifestantes ficou retido “sem explicação” na fronteira com a Polónia, no regresso de uma reunião de trabalho, a 31 de Agosto.
O presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), cardeal D. Angelo Bagnasco, arcebispo emérito de Génova, defendeu o primado do diálogo, apelando ao regresso do arcebispo de Minsk ao seu país, num comunicado publicado no dia 3 de Setembro.
A Fundação Ajuda à Igreja assinala que a Igreja Católica tem “procurado evitar” que a Bielorrússia fique refém da violência, e o arcebispo D. Tadeusz Kondrusiewicz, para quem a crise não tem “precedentes” e se “agrava de dia para dia”, anunciou uma peregrinação de uma imagem de São Miguel Arcanjo em quatro igrejas-catedrais, em Setembro.
Já no dia 16 de Agosto, o Papa Francisco disse seguir “com atenção a situação pós-eleitoral” na Bielorrússia e sensibilizou as partes para “o diálogo, a recusa da violência e o respeito pela justiça e o Direito”.
In ECCLESIA