DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE (5 DE JUNHO)

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE (5 DE JUNHO)

O Dia Mundial do Meio Ambiente é amanhã, sábado, assinalado um pouco por todo o mundo. Não coincidentemente, o Papa Francisco anunciou no passado dia 23 de Maio, por ocasião do encerramento do ano Laudato Si, o lançamento de uma nova plataforma da Santa Sé, com propostas de estilo de vida sustentável. Neste âmbito, publicamos um artigo assinado pela professora ROSA VENTURA, que amavelmente fez chegar à nossa redacção.

“ACONFESSIONALISMO. NEUTRALIDADE…”

Como cuidar o Ambiente Humano?

Sempre tão actual o “Caminho” de São Josemaría! Ler um ou outro Ponto é um hábito antigo, sei que sempre encontro algo novo, como se fosse a primeira vez que leio essa frase em concreto. E escrita para hoje! Porque cada Ponto do “Caminho” é para ser lido como escrito justamente para cada um, para cada ocasião, por isso, são tantas as leituras quantas as pessoas nas suas circunstâncias: na profissão, na sociedade.

E hoje [amanhã], Dia Mundial do Meio Ambiente, encho-me de alegria ao considerar a preocupação de tantos por um ambiente mais saudável, por uma terra e um mar limpos e fecundos e, também – muito importante – pelas nossas acções na preservação deste belo planeta onde nos foi concedido viver. Mas, no meio da alegria surgem também as sombras da tristeza: e o Ambiente Humano, quem cuida dele? E como? Esta é uma enorme responsabilidade – se não a primeira – que não podemos descurar!

Releio o Ponto 353 da minha inquietação permanente: “Aconfessionalismo. Neutralidade. – Velhos mitos que tentam sempre remoçar. Tens-te dado ao trabalho de meditar no absurdo que é deixar de ser católico ao entrar na Universidade ou na Associação profissional, ou na sábia Assembleia, ou no Parlamento, como quem deixa o chapéu à porta?”.

Nestas palavras acutilantes vemos com clareza meridiana o que não pode ser a atitude de um católico. E, no entanto, sabemos que muitas convicções são “deixadas à porta” ou, pior, substituídas por “velhos mitos” sempre prontos a “remoçar”.

Porquê? Tantas razões quantas as pessoas, bem sabemos, mas talvez uma delas seja a de que não é fácil ter bem claras e sempre presentes as razões da fé.

No mesmo capítulo do “Caminho”, que por uma coincidência fantástica se chama Estudo, parece-me que encontrei, senão a resposta, pelo menos algumas boas pistas.

No Ponto 340: “Estuda. – Estuda com empenho. – Se tens de ser sal e luz, necessitas de ciência, de idoneidade. Ou julgas que, por seres cábula e comodista, hás de receber ciência infusa?”. Estudo, é isso! Uma atitude estudiosa perante a vida, ter atenção às causas e aos efeitos das opiniões. Rejeitar a atitude “comodista” que se limita a receber a “ciência” das frases mil vezes ouvidas sobre neutralidade e tolerância. E, para bem terminar, o Ponto 333: “Estudo. – Obediência: ‘Non multa, sed multum’ – Não muitas coisas, mas algo de importante”.

Assim, teremos um pouco mais de Sal e Luz na nossa sociedade.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *