Ambos são bons e mereciam ganhar. Todavia, as regras do jogo impõem que só um é campeão, mas vencedor também poderá ser aquele que acolhe a derrota com garbo e reconhece que o adversário o suplantou.
Começaram como lobos maus e acabaram como ovelhas sem pastor, feridas e abandonadas, solitárias, entregues à triste sina de quem não sabe perder porque não lhes foi transmitido a suprema regra da humildade, da confiança em si, no seu trabalho com respeito pelos outros, envolvido num “savoir faire” e complementado pela riqueza de querer e saber partilhar o bom e o mau, num espírito de união, para irem mais além com muito esforço pessoal, muita confiança e sem atropelos ou truques menos elegantes…
“Nos amis” não venceram por não serem bons, mas perderam porque não estiveram à suprema altura duma derrota (in)esperada, embora por eles inadmitida por uma questão de orgulho e preconceito…
Para além da merecida Taça, que nos fique também a glória de termos dado uma lição de hombridade, de educação, respeito e força de vontade para atingir fins não descurando os meios, pois não importa só o que se faz mas também a forma como orientamos os nossos passos. Faz-se caminho caminhando e saber fazê-lo não é para todos, mas privilégio de alguns.
SUSANA MEXIA
Professora