Carta aos Leitores

Porquê falarmos da Família?

Há duas razões para falarmos da Família:

Primeira – estamos no ano da Família. Por isso, nunca é demais falar dela e muitas vezes.

Faz-nos lembrar o provérbio sempre antigo e sempre novo: “água mole em pedra dura, tanto dá até que fura.”

Segundo – S. Francisco de Assis, o santo mais parecido com Jesus Cristo (se queres conhecer Cristo, olha para Francisco, e se queres conhecer Francisco, olha para Cristo), foi um santo muito amigo de todas as criaturas; e sofreu, quando seu pai o abandonou por ter sido fiel a Jesus, que o chamou a “restaurar a Igreja” do seu tempo. Passou a sua vida a louvar o Criador, o Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor, através da vivência, à letra, do Evangelho.

Ora, o Evangelho fala-nos tantas, tantas vezes, do amor. Onde se constrói melhor o amor? Na Família!

A Família é o maior valor que possuímos na vida! Nunca deixemos de o cultivar, enriquecendo-o com amor sempre mais criativo, dinâmico, inventivo, fervoroso. É na Família que desenvolvemos os valores da verdade, do respeito, da gratidão, da humildade, do perdão, do carinho, das aprendizagens que vão ajudar, também, a prolongar a vida, constituindo família, e colaborando na Obra criadora de Deus, com a procriação digna e feliz.

Mais: é na Família que se pode encontrar a forma de responder a um chamamento diferente, pelo dom da vida ao Senhor, para ajudar outras famílias a encontrarem-se quando se desviam do que foi o seu primeiro amor para viver como família.

A nossa maneira de ser depende, em grande parte, da forma como é/foi a nossa Família!

Por sermos reflexo da nossa Família, também reconhecemos os nossos erros e qualidades e podemos melhorá-la sempre com a nossa colaboração pessoal, isto é, nunca contribuindo para a sua destruição.

A Família é sinal de que não vivemos sós no mundo e, quando houver algum erro, comecemos por nós para o eliminar.

Amemos a nossa Família, berço de tantas recordações: umas menos boas, mas tantas e tantas tão boas!

Estimemo-la, porque só temos uma. É/foi na Família que fica/ficou definida, em parte, a nossa personalidade. Se mais ninguém no mundo nos compreender, mesmo que a nossa família não seja/não tivesse sido o que desejaríamos, é no seu tecto que nos abrigamos nos momentos de maior dor. Todas as qualidades referidas acima, “bebidas” na Família, serão/foram as maiores condecorações dos nossos Pais.

Retribuamos-lhes veneração e gratidão com o nosso testemunho de vida. Tudo o que eles nos dão/deram com tanto carinho, dedicação, mesmo que já tenham partido, ficará no nosso coração e prolongar-se-á pelos tempos além.

Olhemos para Francisco de Assis: um santo que respeitava todas as criaturas e por elas louvava o Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis. A Família, para Francisco de Assis, é a célula essencial, de onde brota a vida e o amor, pelo qual também ele louvava o Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor.

Vamos celebrá-lo no dia 4 de Outubro, às 11 horas, na Sé Catedral.

Como seria bom que a nossa Igreja-mãe se enchesse de muitos irmãos na Fé, sobretudo de “irmãos” portugueses!

Irmã Maria Lúcia Fonseca (FMNS)

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