Ambiente

Papa alerta para destruição da vida nos oceanos

O Papa Francisco recebeu no Vaticano uma delegação do Fórum das Ilhas do Oceano Pacífico (Pacific Islands Forum), alertando para a destruição da vida nos oceanos.

«Quem transformou este maravilhoso mundo marinho em um cemitério despojado de vida e de cor?», questionou, citando um documento dos bispos católicos das Filipinas.

Francisco evocou preocupações manifestadas na sua encíclica ecológica “Laudato si”, em particular no que diz respeito ao aumento do nível das águas do mar e à progressiva destruição do ecossistema constituído pela barreira coralina.

O Papa apontou em particular ao problema das migrações forçadas das populações que vivem em áreas do litoral em zonas do Pacífico.

A intervenção recordou também a 23ª Conferência sobre Mudanças Climáticas, COP23, a decorrer na Alemanha e que nesta edição é presidida pelas Ilhas Fiji.

«Espero que os trabalhos da COP-23, assim como os que seguirão, possam ter em consideração a “Terra sem confins onde a atmosfera é extremamente fina e fugaz”, como a descreveu um dos astronautas da Estação Espacial Internacional com quem pude falar recentemente», disse Francisco.

O Papa apelou a uma «colaboração e solidariedade internacionais», para que se defina uma estratégia comum.

A Santa Sé está presente na COP-23 com uma delegação presidida pelo padre Bruno-Marie Duffé, secretário do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral.

«Estamos num momento crucial, muito importante, entre a intenção moral do Acordo de Paris de mudar o nosso modelo de desenvolvimento, especialmente a economia internacional, e os efeitos sobre o ambiente e o modo de cuidar do planeta. É um momento importante entre esta decisão moral e o acto político», disse o responsável, em entrevista à Rádio Vaticano.

 

ÁFRICA

O Papa Francisco vai presidir a uma oração pela paz no Sudão do Sul e na República Democrática do Congo no dia 23 de Novembro, no Vaticano.

De acordo com a informação da Sala de Imprensa da Santa Sé, a celebração vai decorrer a partir das 17 horas e 30 (23h30m, hora de Macau), na basílica de São Pedro, em Roma.

Em Maio último, o porta-voz do Vaticano, Greg Burke, descartou a possibilidade de uma viagem do Papa ao Sudão do Sul em 2017, apesar da vontade de Francisco em visitar o país afectado pela violência e a fome, causados por uma crise política.

No mês de Setembro, os bispos do Sudão do Sul afirmaram que a guerra civil que prossegue no País mostra um “total desprezo pela vida humana” e lembram as populações civis que estão “prisioneiras” deste clima de violência e destruição.

Já a deterioração da situação humana e as violações aos direitos humanos em curso na República Democrática do Congo motivaram um pronunciamento do observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, durante uma sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, no mês de Setembro.

D. Ivan Jurkovic disse que «a Santa Sé acompanha com grande preocupação» o conflito naquele país africano, que já fez «pelo menos três mil mortos» e «mais de um milhão de deslocados».

In ECCLESIA

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