72.º Assembleia-Geral da ONU

Papa contra escravidões modernas

O Papa Francisco alertou para as “escravidões” modernas numa mensagem publicada no dia em que começou a 72.ª Assembleia-Geral da ONU.

“Trabalhemos juntos para encontrar soluções concretas para os pobres, refugiados, vítimas das modernas escravidões e para promover a paz”, escreveu o pontífice na sua conta na rede social Twitter.

O debate geral anual da 72.ª Assembleia-Geral da ONU começou esta terça-feira na sede da organização, em Nova Iorque.

A abrir os trabalhos um estudo da Organização das Nações Unidas e da Organização Internacional do Trabalho informava que quarenta milhões de pessoas em todo o mundo ainda são vítimas de formas de escravatura; outras 152 milhões de crianças são obrigadas a trabalhar.

 

Paz, migrantes e refugiados

O grupo de trabalho do Conselho Mundial de Igrejas (CIM) e da Igreja Católica vai apresentar “recomendações pastorais” sobre a paz e os migrantes e refugiados para “uma maior unidade” em abordar áreas de interesse vital.

“O papel da cultura, da religião e do diálogo na construção da paz e os desafios e oportunidades de cooperação ecuménica sobre migrantes e refugiados” foram temas discutidos “em profundidade”, explica o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

O grupo de trabalho conjunto esteve reunido entre 12 e 15 de Setembro na Casa Mãe da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitais da Imaculada Conceição, em Linda-a-Pastora, no Patriarcado de Lisboa.

Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, informam que formaram dois grupos temáticos sobre a “construção da paz” e as “preocupações” com os migrantes e os refugiados.

Sobre a construção da paz o propósito foi identificar as “contribuições positivas” que as Igrejas podem juntar para a resolução de conflitos e a prevenção da violência, tendo sido reconhecido que a cultura, a religião e o diálogo “podem ser mal utilizados para provocar violência e conflitos”.

Quando ao tema dos migrantes e dos refugiados realçam que é um “sinal significativo dos tempos”, o que exige uma resposta comum de todas as Igrejas e a “cooperação” com quem trabalham no terreno.

“A migração sempre fez parte da história humana mas a realidade actual da migração forçada, a rejeição dos refugiados e as atitudes racistas são, cada vez mais, preocupantes para as Igrejas”, desenvolve o comunicado do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos que manifesta empenhado em “fortalecer uma cultura de abertura e inclusão”.

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