São João Baptista “apadrinha” programa comemorativo

QUARTO CENTENÁRIO DA BATALHA DE MACAU ASSINALADO COM MISSA DE ACÇÃO DE GRAÇAS

São João Baptista “apadrinha” programa comemorativo

O Instituto Internacional de Macau e várias outras organizações locais juntaram-se para assinalar o quarto centenário da denominada Batalha de Macau. A efeméride vai ser comemorada com palestras, conferências e com um sarau cultural. A 24 de Junho, dia do padroeiro da cidade, São João Baptista, a Sé Catedral acolhe Missa de Acção de Graças.

A igreja da Sé Catedral acolhe a 24 de Junho, dia de São João Baptista, uma missa de Acção de Graças em agradecimento “por aquilo que o dia 24 de Junho significa para a comunidade católica”.

A celebração, que conta com a actuação do Coro dos Antigos Alunos do Seminário de São José, constitui o ponto alto das festividades do padroeiro de Macau – efeméride que é este ano engrandecida pela comemoração da passagem dos quatrocentos anos da Batalha de Macau.

Para além da Missa de Acção de Graças, o quarto centenário da tentativa da invasão holandesa de 1622 vai ser também assinalada com a realização de palestras, conferências e de um sarau cultural; e ainda por meio do lançamento de uma emissão filatélica alusiva ao arraial de São João, da entrega do Prémio Identidade a Manuel Basílio e ao grupo Macau no Coração, e da organização de apresentações dedicadas ao tema em escolas secundárias e universidades do território.

Delineado pelo Instituto Internacional de Macau (IIM), o programa das comemorações conta com o apoio de várias associações do território e da diáspora. Entre elas, estão o Conselho Permanente das Comunidades Macaenses, a Associação dos Embaixadores do Património de Macau, e o Centro de Cultura e Artes Performativas Cardeal Newman, espaço que acolhe, amanhã, uma conferência sobre a importância histórica da festa do padroeiro da cidade. «No dia 3 de Julho haverá uma palestra pela doutora Flora Chan, no Centro de Cultura e Artes Performativas, sobre a importância do Dia de São João Baptista em Macau e a origem da festa de São João», disse o secretário-geral do Instituto Internacional de Macau, Rufino Ramos, em conferência de Imprensa realizada na terça-feira. «Até ao final do ano, o Instituto [Internacional de Macau], a Associação dos Embaixadores do Património de Macau e a Associação dos Jovens de Macau vão organizar palestras em escolas secundárias e universidades. Já estamos em contacto com a Direcção dos Serviços de Educação [e Desenvolvimento da Juventude], porque aquilo que nós queremos é que os jovens consigam levar esta mensagem de celebrar esta efeméride para a posteridade», acrescentou o responsável.

O programa das comemorações dos 400 anos da Batalha de Macau arranca com uma palestra, na Fundação Rui Cunha, que vai contar com a presença, via “online”, da historiadora Beatriz Basto da Silva. A 25 de Junho, nas instalações do IIM, terá lugar um sarau cultural, com danças folclóricas portuguesas, canções originais interpretadas em Patuá e com a actuação de Giulio Acconci, um dos membros do grupo Soler.

Travada em 1622 entre a guarnição portuguesa de Macau e forças navais holandesas, a disputa garantiu a continuidade da presença lusa no território. Em inferioridade numérica e carecendo de fortificação adequada, os portugueses conseguiram repelir as forças invasoras a 24 de Junho – dia de São João – ao fim de três dias de combate.

M.C.

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