Poderes Judicial e Executivo são maus exemplos.
«O acesso às fontes é uma componente muito importante, diria mesmo fulcral, para que o exercício do jornalismo, o exercício da liberdade de Imprensa, seja sólido, substancial, efectivo e consequente. Estamos, de facto, muito preocupados com esta situação e consideramos ser muito importante que passe a mensagem, junto das instituições, junto dos poderes e junto de várias entidades, de que é importante existir uma cultura assente na prática da transparência», disse a’O CLARIM José Carlos Matias, numa reacção aos resultados do inquérito promovido pela Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau (AIPIM), da qual é presidente, sobre a liberdade de Imprensa e o acesso às fontes no território.
«Os resultados vêm de facto confirmar e salientar o que nós ouvíamos, tornando a questão dos enormes obstáculos no acesso às fontes um problema que limita o exercício da liberdade de Imprensa», sublinhou José Carlos Matias.
«É um aspecto importante», vincou ainda o presidente da AIPIM, pois «ilustra bem os constrangimentos que existem, em alguns casos muitos significativos, no acesso às fontes no Poder Judicial, no Poder Executivo, e também no Legislativo, na Administração Pública e nas concessionárias de serviço público», sendo «particularmente grave nos casos do Poder Judicial e Poder Executivo, nos obstáculos que os jornalistas encontram no acesso às fontes de informação».
O advogado Frederico Rato, o académico José Manuel Simões e o ex-jornalista Rui Flores foram os responsáveis pela elaboração do relatório sobre o inquérito promovido pela AIPIM. Os resultados foram apresentados, na passada quarta-feira, na Casa Garden.
P.D.O.