José Pãozinho e os protestos em Hong Kong

Xangai agradece

O economista José Pãozinho acredita que as turbulências provocadas pelo movimento “Occupy Central” em Hong Kong estão a contribuir para a afirmação de Xangai como centro financeiro alternativo à RAEHK, por muitos considerada a capital financeira e comercial da Ásia.

«Toda esta instabilidade afasta as empresas do sector financeiro de Hong Kong, em especial as companhias internacionais que optam por deslocalizar os negócios para Xangai», sustenta.

«Os manifestantes têm ocupado as ruas de Central, a zona financeira por excelência de Hong Kong». Este factor contribui para haver, em termos internacionais, «a percepção de que há instabilidade».

Ainda segundo José Pãozinho, «neste momento já há alguns sectores da actividade financeira internacional com maior volume de negócios em Xangai do que em Hong Kong», como exemplo «ao nível das transacções internacionais de ouro».

Milhares de pessoas têm estado nos últimos dias concentradas nas ruas de Hong Kong, numa clara desobediência civil pacífica, exigindo o sufrágio universal directo para as eleições do Chefe do Executivo, em 2017, bem como a demissão do actual líder governativo da ex-colónia britânica, CY Leung.

O pico da acção desencadeada pelo movimento “Occupy Central” aconteceu ontem durante o 65º aniversário da implantação da República Popular da China.

P.D.O.

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