Januário poupadinho.
As despesas directas do hospital público no ano passado, incluindo salários, representaram menos de um terço dos gastos totais efectivos dos Serviços de Saúde, de acordo com dados ontem revelados.
Em 2014, as despesas directas do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ) foram de 1,5 mil milhões de patacas, ou seja, corresponderam a menos de um terço (30,6%) das despesas totais dos Serviços de Saúde daquele ano, que foram de 4,91 mil milhões de patacas. Estas despesas directas incluem os salários, estimados em 630 milhões de patacas.
Os dados foram revelados numa conferência de Imprensa dos Serviços de Saúde, convocada na sequência da instrução pública dada pelo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, para que fossem tornadas públicas as contas do hospital, depois de ter sido confrontado pelos jornalistas com a ausência de informação sobre as verbas afectas ao CHCSJ.
Em 2014, as despesas globais efectivas do CHCSJ foram de 3,52 mil milhões de patacas – equivalendo a 71,7% das despesas totais executadas pelos Serviços de Saúde nesse ano.
Este “bolo” inclui despesas que os Serviços de Saúde catalogaram de “directas” e “indirectas”, sendo que nas “indirectas” entram também a aquisição de serviços ao Hospital Kiang Wu e a atribuição de subsídios a entidades particulares.
Em 2014, o CHCSJ desembolsou 240 milhões de patacas com a aquisição de serviços ao Kiang Wu e 420 milhões de patacas na atribuição de subsídios a entidades particulares.
Questionado sobre os apoios concedidos ao hospital privado, o director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, não só defendeu o actual modelo como referiu que a parceria vai ser reforçada.
«Temos três suportes para todo o sistema de saúde de Macau: o domínio público, o privado e ainda estabelecimentos com fins não lucrativos. Esta cooperação será mantida e reforçada para proporcionar mais serviços», afirmou, vincando que «o mais importante é servir a população».
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