Competência dos polícias na República Popular da China

Cada vez melhor

O nível de formação cada vez mais elevado dos polícias na República Popular da China (RPC) está a revelar-se um factor primordial na mudança da imagem de uma corporação que também está aberta ao intercâmbio e à troca de experiências com outros países ou territórios, como Macau. Até a corrupção policial está a ser encarada com mais seriedade.

Os polícias da RPC estão a ser mais bem preparados para desempenhar cabalmente a missão de zelar pela segurança dos seus concidadãos. A ideia foi transmitida a’O CLARIM por Wang Keping, comissário de 3ª classe, à margem do jantar comemorativo do “Dia da Polícia Judiciária”, que decorreu no passado dia 16 de Julho, no hotel Grand Hyatt.

«Em primeiro lugar, melhorou a área da formação. A Universidade de Segurança Pública do Povo Chinês [USPPC] tem vinte e um cursos, incluindo técnicas forenses, regime jurídico, entre outros. Em segundo lugar, [uma melhor preparação] traz melhores resultados [no desempenho de funções]», disse Wang Keping.

O também professor associado da USPPC classificou de «muito proveitosa» a cooperação entre o estabelecimento de ensino superior onde lecciona e outros países ou territórios, tais como os Estados Unidos, a Alemanha, Macau e Hong Kong.

Quanto ao problema da corrupção, salientou: «Quando estão a tirar o curso são instruendos e ainda não são polícias, por isso a questão não se põe, porque não têm interesse. O problema pode surgir depois, caso tenham interesse. Mas agora há uma entidade especializada para combater a corrupção na China».

Por sua vez, o inspector de 3ª classe, Zhang Yinfu, elogiou o nível da Polícia Judiciária (PJ), bem como a segurança em Macau, revelando-se também agradado com a paisagem nocturna do território. Os dois polícias estiveram na RAEM, entre 16 de Maio e 18 de Julho, para leccionar técnicas de detenção e captura aos investigadores da PJ e aos alunos do 17º curso de formação para investigador criminal estagiário.

Para Wang Keping, a colaboração entre ambas as entidades «já vem de há alguns anos» e «tem sido muito proveitosa». Ainda durante o jantar, na tradicional ronda de brindes pelas mesas dos convidados, O CLARIM confrontou o director da PJ com a possibilidade de vir a assumir a pasta da Segurança, após a eleição do Chefe do Executivo, mas Wong Sio Chak foi evasivo: «Não ouvi nada».

PEDRO DANIEL OLIVEIRA

pedrodanielhk@hotmail.com

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