Jovens aprendem Português para JMJ de Lisboa

COMISSÃO DIOCESANA DA JUVENTUDE PROMOVE TERCEIRA REUNIÃO PREPARATÓRIA

Jovens aprendem Português para JMJ de Lisboa

A menos de quatro meses do arranque da Jornada Mundial da Juventude, o grupo de jovens da comunidade católica chinesa que irá representar a diocese de Macau em Lisboa está a aprender Português. O objectivo é preparar-se o melhor possível para o maior evento dinamizado pela Igreja Católica.

A informação foi avançada a’ O CLARIMpor Tammy Chio. A dirigente explicou de que forma os 35 jovens que vão rumar, no final de Julho, à capital portuguesa se estão a preparar espiritualmente para um certame que deve atrair a Portugal centenas de milhares de jovens oriundos de todo o mundo.

O Centro Diocesano, na Rua Formosa, acolhe este Domingo a terceira de seis reuniões preparatórias organizadas pela Comissão Diocesana da Juventude. A entidade quer dotar os participantes, com idades compreendidas entre os dezoito e os 35 anos, de conhecimentos práticos sobre o que vão encontrar em Lisboa, mas também de referências espirituais que possam ajudar a fazer da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) uma experiência transformadora em termos de fé. «Estas acções de formação, ao longo destes meses, têm por objectivo prepará-los para que possam ter um entendimento mais profundo do que representa a citação bíblica – “Maria levantou-se e partiu apressadamente” – que dá o mote à JMJ. É um olhar sobre o papel da Virgem Maria na Igreja Católica. Esperamos, ao longo dos próximos meses, poder vir a organizar diferentes tipos de actividades para que os participantes possam ficar a conhecer um pouco melhor a vocação da Virgem Maria, que não se esgota no facto de ela ter sido escolhida para ser a mãe de Jesus», disse a vice-directora da Comissão Diocesana da Juventude. «O tema da Jornada está, como dizia, centrado na Virgem Maria, mas nós queremos que eles também aprofundem o seu conhecimento da Bíblica, saibam mais sobre Jesus, sobre a Sua vida e sobre o que nos legou, para que possam expressar a mensagem de que Ele ainda vive, de que Ele é um Deus vivo. Queremos que saibam mais sobre a nossa diocese e sobre a nossa cidade de Macau, sobre a forma como Deus nos convoca hoje em dia e sobre a forma como respondemos à chamada de Deus. Queremos também que aprendam um pouco de Português para irem melhor preparados», acrescentou Tammy Chio.

Os 35 jovens são oriundos de todas as paróquias da diocese de Macau e entre eles estão três participantes menores de idade e alguns mais velhos para quem a participação na Jornada Mundial da Juventude já não é uma novidade, depois de terem engrossado o contingente internacional que participou na edição de 2016 do evento, realizada em Cracóvia, na Polónia.

A pouco mais de três meses e meio do início do encontro dos jovens com o Papa, ainda há detalhes a ultimar e decisões a tomar por parte da Comissão Diocesana da Juventude. A mais significativa diz respeito ao local onde a comitiva de jovens do território deverá instalar o seu quartel-general na semana que antecede a JMJ. A diocese de Viseu é uma opção, mas a distância para Lisboa e para Fátima – que o grupo deve visitar em peregrinação – poderá obrigar a Comissão a optar por uma solução alternativa. «No que diz respeito à primeira semana, até agora ainda não procedemos a qualquer contacto mais concreto com dioceses de Portugal, mas este é um aspecto no qual vamos ter de nos focar. Mantemos um contacto muito estreito com o padre Manuel Machado [antigo pároco de São José Operário], mas ele não se encontra em Lisboa. Ele é pároco na diocese de Viseu e a distância para Lisboa é bastante grande. Espero que possamos encontrar outro local, que seja mais próximo de Lisboa ou, então, de Fátima», referiu Tammy Chio. «Acho que seria uma experiência muito boa se o grupo pudesse fazer uma peregrinação a Fátima a pé. Uma parte relevante da Jornada Mundial da Juventude é poder vestir a camisola de peregrino e seria bom se eles pudessem pegar na mochila e pudessem caminhar durante alguns quilómetros até Fátima. Seja como for, de uma ou de outra forma, o nosso objectivo é ir a Fátima. Acho que é um dos locais mais importantes onde se pode ir em peregrinação. A JMJ é, bem vistas as coisas, uma peregrinação para os mais jovens. Fátima é uma parte muito importante da nossa deslocação à Jornada Mundial da Juventude», assumiu a vice-directora da Comissão Diocesana.

Depois de em Março passado os jovens que integram a comitiva terem participado num retiro espiritual em Coloane, no Domingo o grupo tem à sua espera uma outra missão especial: construir o seu próprio Terço. Originalmente agendada para sábado e aberta à comunidade em geral, a iniciativa foi repensada e vai ser conduzida pelos 35 jovens que se vão deslocar a Lisboa, ou não fosse o Rosário um dos símbolos da edição de 2023 da JMJ. «A nossa ideia original era adiar esta iniciativa para mais tarde, mas acabámos por decidir incluí-la no programa para o encontro de Domingo. A ideia dos jovens poderem fazer o seu próprio Terço é bastante atractiva. Um dos elementos centrais do logotipo da Jornada é precisamente o Terço e, na minha opinião, é muito importante que os jovens que vão participar no certame possam saber o mais que for possível sobre o Terço», defendeu a responsável. «Contactámos as irmãs da Livraria São Paulo para que se juntem a nós e nos ensinem a fazer o Terço, antes de nos explicarem sobre o seu significado. Trata-se do Terço Missionário. Tem diferentes cores e cada uma delas representa um continente diferente», concluiu.

A diferença do Terço Missionário para os demais “rosários” são as cores de cada uma das dezenas. O objectivo é ajudar os fiéis a rezar pelas missões e pelos missionários presentes em cada continente. Cada cor representa um continente, os seus povos e as suas culturas.

Marco Carvalho

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