Batalha de Macau evocada a 24 de Setembro
Agora que o quotidiano do território parece ter regressado à normalidade, o Instituto Internacional de Macau (IIM) voltou a unir esforços com outras associações locais de matriz portuguesa – Associação dos Jovens Macaenses, Associação dos Macaenses, Associação de Danças e Cantares Portugueses “Macau no Coração” e Associação dos Antigos Alunos da Escola Comercia Pedro Nolasco da Silva – para evocar um dos maiores feitos militares da História de Macau, a improvável vitória alcançada a 24 de Junho de 1622 por uma força combinada luso-chinesa contra a poderosa armada holandesa.
Do extenso programa originalmente previsto para 24 de Junho, apenas uma das iniciativas se realizou, a Missa Solene celebrada à porta fechada na igreja da Sé Catedral. «No próprio dia 24 de Junho celebrou-se uma missa na Sé Catedral, que contou com transmissão “online”. A missa decorreu no próprio dia de São João Baptista e falou-se muito brevemente da componente histórica e da importância da data para Macau», recordou António J. Monteiro, do Instituto Internacional de Macau. «Durante o evento do próximo dia 24 de Setembro vai haver uma bênção, conduzida pelo padre Daniel Ribeiro. Ora, esta pequena cerimónia vai decorrer dentro do próprio auditório do Instituto Internacional de Macau, na presença da imagem de São João Baptista, que será gentilmente cedida pela Associação dos Macaenses, uma das entidades que colaboram na organização deste evento», acrescentou o também presidente da Associação dos Jovens Macaenses.
A inclusão do ritual religioso não é a única mudança introduzida no programa, face ao que estava planeado para 24 de Junho. Quando anunciou, no final de Maio, a organização de uma cerimónia evocativa dos quatrocentos anos da Batalha de Macau, o IIM associou à efeméride a realização de um tradicional “chá gordo” macaense, ainda que com um número limitado de participantes. Atendendo às recomendações da Direcção dos Serviços de Saúde, as entidades organizadoras acabaram por “abrir mão” da refeição festiva. «Perante as novas indicações e recomendações dos Serviços de Saúde de Macau, o Instituto Internacional de Macau decidiu promover este certame sem essa componente dos comes e bebes, optando por garantir entrada livre e resolvendo o problema da limitação de pessoas dentro das instalações», clarificou António J. Monteiro. «As pessoas podem participar neste evento, desde que apresentem o código de saúde verde e usem máscara cirúrgica dentro das instalações do Instituto Internacional de Macau. Ou seja, todos podem participar», esclareceu o dirigente.
A cerimónia de 24 de Setembro conta com a actuação do grupo folclórico “Macau no Coração” e com a actuação de artistas locais como Giulio Aconci e Ari. O momento alto das comemorações é, no entanto, a evocação da relevância histórica da Batalha de Macau, conduzida pelo presidente do Conselho das Comunidades Macaenses, José Sales Marques, e pelo presidente da Associação dos Embaixadores do Património de Macau, Wallace Kwah.
A iniciativa vai servir ainda para que o Instituto Internacional de Macau proceda à entrega dos Prémios Identidade relativos a 2021 a Manuel Viseu Basílio e à Associação de Danças e Cantares Portugueses “Macau no Coração”.
M.C.
FOTO:Instituto Internacional de Macau (IIM)