Capuchinhos elegem novo ministro-geral
A Ordem dos Frades Menores Capuchinhos elegeu frei Roberto Genuin, da Província Italiana de Veneza, como novo ministro-geral, na reunião magna que decorre em Roma.
A Província Portuguesa dos Capuchinhos informou que frei Roberto Genuin foi eleito no primeiro escrutínio, com 101 votos, pelos 188 frades capitulares de todo o mundo, que estão reunidos no Colégio Internacional São Lourenço de Brindes.
Entre os frades eleitores que representam “mais de dez mil irmãos espalhados pelos cinco continentes”, estão os portugueses frei Fernando Alberto Cabecinhas e frei José Leitão.
Aos 50 anos, o novo ministro-geral, que sucede ao suíço frei Mauro Jöhri (2006-2018), vai dirigir a ordem dos Franciscanos Capuchinhos nos próximos seis anos.
Frei Roberto Genuin já foi ministro provincial, durante nove anos, e formou-se na Universidade Pontifícia Lateranense.
“Aprendei de mim… e encontrareis” é o tema do 85.º Capítulo Geral dos Frades Menores Capuchinhos, que começou a 27 de Agosto e que pode ser acompanhado online até 16 de Setembro.
O programa prevê que os irmãos capitulares peregrinem a Assis, a 8 de Setembro, e que sejam recebidos pelo Papa Francisco em audiência no Vaticano, no próximo dia 14.
VENEZUELA
A irmã Maria José Gonzalez, representante da Cáritas da Venezuela, denunciou em Fátima o sofrimento «de partir o coração» que atinge a população do país sul-americano.
«É um sofrimento de partir o coração, porque atinge os mais vulneráveis, os que vão sofrer danos irreversíveis, as crianças até aos cinco anos. Pedimos que a comunidade internacional torne esta crise visível», disse a religiosa católica, em declarações à Agência ECCLESIA e Rádio Renascença.
Segundo a responsável, cerca de 170 mil crianças morreram por falta de alimento desde o início da actual crise económica e política, tendo ainda regressado ao País doenças que se consideravam erradicadas, como a tuberculose ou a malária.
«A Venezuela vive agora uma das crises mais terríveis da sua história recente», observou a irmã Maria José Gonzalez, denunciando a «pobreza extrema» da população, a «destruição da sua saúde» e a «violação dos seus direitos fundamentais».
A imigração, um dos problemas mais visíveis nos últimos meses, chega agora às faixas «mais vulneráveis» da população, que deixam o País sem passaporte nem «possibilidade de sobreviver».
A Cáritas da Venezuela está a desenvolver um programa de acompanhamento das crianças em situação de subnutrição, ao longo de oito a doze semanas, «para salvar vidas», oferecendo ainda refeições à população necessitada.
A religiosa assinalou que a sua presença em Portugal quer dar «visibilidade» ao sofrimento da população venezuelana, que conta com uma vasta comunidade de emigrantes portugueses.
Para a irmã Maria José Gonzalez, é essencial compreender que os venezuelanos não estão a imigrar para «fazer turismo», mas é uma «imigração forçada», que acontece com a consciência dos problemas causados na região.
A agenda da viagem, iniciada em Lisboa, inclui uma visita à Ilha da Madeira, de onde são provenientes muitos dos emigrantes portugueses actualmente radicados na Venezuela.