PREPARAÇÃO LITÚRGICA DEIXOU FIÉIS MAIS REVIGORADOS, GARANTE O PADRE DANIEL RIBEIRO

PREPARAÇÃO LITÚRGICA DEIXOU FIÉIS MAIS REVIGORADOS, GARANTE O PADRE DANIEL RIBEIRO

Natal ganha força na Taipa

Há vários meses que Macau não regista qualquer caso de infecção pelo Covid-19, mas a pandemia continua a influenciar o comportamento dos católicos do território. Este ano compareceram em menor número nas celebrações do Natal realizadas na paróquia da Sé. A informação foi avançada a’O CLARIMpelo padre Daniel Ribeiro, que admitiu que o número de fiéis que se deslocaram à igreja de São Domingos ficou aquém do registado na quadra natalícia de outros anos.

O vigário paroquial da Sé Catedral para a comunidade de língua portuguesa aponta o dedo à pandemia, sublinhando, no entanto, que os novos hábitos demonstrados pelos fiéis comprovam a eficácia da estratégia adoptada pela diocese de Macau no início da crise de saúde pública. «No contexto da pandemia, as celebrações na paróquia da Sé receberam menos pessoas em relação aos outros anos. Apercebemo-nos disso porque a igreja de São Domingos é mais pequena do que a Sé Catedral. Um dos motivos da diminuição da presença dos fieis é, seguramente, devido à pandemia do Covid-19. Há muitas pessoas – principalmente as que são mais idosas – que continuam a exercer alguma cautela e preferem assistir e participar na missa a partir de casa», explicou. «O alcance da presença da Diocese nas redes sociais melhorou muito e a maioria das missas são transmitidas não só pela TDM, mas também pelo site da Diocese», referiu.

Outra questão que no entender do padre Daniel Ribeiro poderá justificar a menor adesão às celebrações natalícias prende-se com a transferência de fiéis para outras paróquias, como parece ter acontecido com a paróquia de Nossa Senhora do Carmo, na ilha da Taipa: «A diferença é pequena, mas em relação aos outros anos ocorreu de facto uma diminuição. Não foi muito significativa e eu acredito que afectou principalmente as pessoas mais idosas. Um ponto positivo é que aumentou a participação na Taipa. É provável que algumas pessoas que frequentavam a Sé, por morarem lá perto – como encontram todas as celebrações em língua portuguesa no Carmo – tenham preferido ficar por lá».

O padre Daniel Ribeiro considera também que apesar de terem aparecido em menor número para as celebrações os fiéis de língua portuguesa que frequentam a paróquia da Sé estão hoje melhor preparados. «Acredito muito que a fé das pessoas ficou mais revigorada, principalmente pela preparação litúrgica das celebrações. As celebrações foram muitos bem preparadas, os cânticos foram muito bem preparados, com as leituras muito bem feitas; e a celebração, como um todo, esteve melhor. A comunidade de língua portuguesa tem melhorado muito na liturgia, na preparação litúrgica das celebrações», concluiu o sacerdote.

Marco Carvalho

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