Marca da JMJ Lisboa 2023
A edição internacional da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa (Portugal), de 1 a 6 de Agosto, vai ter a marca da Lusofonia, com peregrinos de Angola, Guiné-Bissau, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Brasil e Timor-Leste.
“Desde o começo da Jornada em Portugal que sempre tivemos este sonho de ter presença grande dos países da Lusofonia, por isso, a relação, desde o princípio, foi de proximidade, de visita também, e convidar a estar”, disse à Agência ECCLESIA Maria Aleluia Ribeiro Telles, do Comité Organizador Local (COL) da JMJ Lisboa 2023.
A jovem da Direcção “Caminho 23” recordou que o COL se deslocou a todos os países lusófonos para fazer o convite à participação e, em alguns casos, as visitas realizaram-se no contexto dos encontros nacionais da Pastoral da Juventude.
O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, D. Américo Aguiar, e outras direcções do Comité Organizador Local, foram ao Brasil, de 26 de Agosto a 12 de Setembro de 2022; em Angola, o COL participou na Jornada Nacional da Juventude, entre 9 e 13 de Novembro de 2022, em Benguela, e a viagem continuou por Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Timor-Leste.
Segundo Maria Aleluia Ribeiro Telles existe “uma expectativa alta” desta participação lusófona, motivada pela “proximidade” que desenvolveram, e adiantou que de Angola esperam “cerca de mil” peregrinos, de Moçambique entre quinhentos e seiscentos, da Guiné-Bissau, “cerca de 150”, e de Timor-Leste, “uma viagem mais exigente por isso um número menor”, “cerca de cem”, “mas com uma preparação muito activa”.
A entrevistada referiu que esperam de São Tomé e Príncipe “um número bastante significativo” de 650 peregrinos – é um país “muito mais pequenino, que se tem mexido bastante nesta organização da Jornada”.
Valdir Semedo, da delegação de Cabo Verde para a JMJ, realçou que para a edição portuguesa têm “um maior número de jovens em relação a Jornadas anteriores”, muito pela ligação, pela relação, “institucional entre os Estados de Cabo Verde e de Portugal”, e pela proximidade cultural.
“Temos um número a rondar os oitocentos peregrinos, o que não é comum devido à nossa realidade. Não é fácil para nós jovens, em Cabo Verde, participar em grande número nas Jornadas e temos abraçado essa oportunidade com muita alegria, com muita esperança e entusiasmo”, acrescentou, em entrevista ao Programa ECCLESIA, transmitido pela RTP2.
Já Mariana Lane, da Pastoral Juvenil da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), explicou que “muitos brasileiros” se estão a organizar para a JMJ, mas também, na semana anterior, de 26 a 31 de Julho, para os “Dias nas Dioceses”.
Neste contexto, assinalou que a visita de elementos do COL ao Brasil “animou os jovens de todas as partes, do Norte, do Nordeste, do Sul”, uma peregrinação à Jornada “também em unidade a falar a mesma língua e todo o mundo a sentir-se irmão”.
“Doze mil brasileiros são a estimativa da CNBB”, disse Mariana Lane, referindo ainda que a Pastoral Juvenil da CNBB “preparou subsídios” para quem não pode viajar, mas que no Brasil poderá viver “os dias mais significativos” da JMJ nas suas realidades, paroquiais e diocesanas.
Valdir Semedo destacou que o encontro mundial “é uma oportunidade de intercâmbio, de partilha e de cultura, que vai ser estupendo”: “Apesar de ser em Portugal, vai ser uma Jornada em casa, vamos estar todos a falar a mesma língua. Isso é muito importante de destacar e vamos aproveitar e tirar o maior proveito disso”.
Os jovens das duas dioceses de Cabo Verde – Mindelo e Santiago – vão estar em Portugal durante três semanas; chegam para os “Dias nas Dioceses”, onde vão ficar na paróquia da Azoia, na diocese de Leiria-Fátima; posteriormente irão deslocar-se a Lisboa, para participarem na JMJ, de 1 a 6 de Agosto, permanecendo na capital portuguesa durante mais uma semana.
In ECCLESIA