Papa condena terrorismo em Nice e Viena
O Papa condenou, anteontem no Vaticano, os últimos atentados terroristas que atingiram a Europa, falando em actos deploráveis que visam comprometer os esforços de diálogo entre religiões.
«Penso, em particular, no grave atentado dos últimos dias em Nice, num lugar de culto, e no atentado das ruas de Viena, que provocaram perturbação e reprovação na população e em quantos trazem no coração a paz e o diálogo», referiu durante a audiência geral que decorreu, à porta fechada, na Biblioteca do Palácio Apostólico.
Francisco rezou pelas «vítimas inocentes do terrorismo, cujo recrudescimento de crueldade se está a manifestar na Europa».
«Confio à misericórdia de Deus as pessoas tragicamente desparecidas, e manifesto a minha proximidade espiritual aos seus familiares e a todos os que sofrem por causa destes acontecimentos deploráveis». disse.
O Papa sustentou que estes atentados procuram «comprometer com a violência e o ódio a colaboração fraterna entre as religiões».
Pelo menos cinco pessoas, incluindo o agressor, morreram no início da semana num tiroteio no centro de Viena, cometido por “um simpatizante” do Estado Islâmico, que deixou também 22 pessoas feridas.
Na dia 29 de Outubro três pessoas morreram num ataque com faca na basílica de Nossa Senhora da Assunção, em Nice, no Sudeste de França.
Os dois ataques terroristas foram condenados pelo Papa, que apelou ao fim da violência.
COVID-19: RESPEITAR QUEM DECIDE
Também durante a audiência geral das quartas-feiras, o Papa apelou ao respeito pelas indicações das autoridades políticas e de saúde para travar o avanço da pandemia do Covid-19: «Infelizmente, tivemos de voltar a esta audiência na Biblioteca, para defender-nos dos contágios do Covid. Isso ensina-se que temos de estar muito atentos às prescrições da autoridade, das autoridades políticas e sanitárias, para nos defendermos desta pandemia».
O Santo Padre deixou uma palavra de apreço pelo papel dos médicos, enfermeiros, voluntários e todos os que trabalham com os doentes: «Rezemos por eles! Arriscam a vida; fazem-no por amor – por amor à sua vocação e por amor ao próximo».