Diocese celebra Dia Mundial do Migrante e do Refugiado

Acolher, proteger, promover e integrar.

A diocese de Macau celebra, no próximo dia 28 de Janeiro, o “104º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado”, este ano subordinado ao tema “Acolher, proteger, promover e integrar os migrantes e os refugiados”. O evento, cuja organização no território está a cargo da Sociedade de Nossa Senhora da Santíssima Trindade, realiza-se na Escola de São Paulo, entre as 9 e as 16 horas.

O padre Alejandre Vergara, ao referir a importância desta celebração para Macau, fez questão de lembrar as palavras do Papa Francisco: «O Senhor confia o amor materno da Igreja a toda a pessoa forçada a deixar a sua terra natal em busca de um futuro melhor.

Esta solidariedade deve ser expressa concretamente em todas as etapas da experiência migratória – desde a partida através da jornada para a chegada e o retorno».

Neste âmbito, o Santo Padre referiu que «esta é uma grande responsabilidade, que a Igreja pretende partilhar com todos os crentes, homens e mulheres de boa vontade, que são chamados a responder aos muitos desafios da migração contemporânea com generosidade, rapidez, sabedoria e previdência, cada qual de acordo com as suas próprias habilidades».

Apesar de várias vozes da sociedade local serem contrárias à importação de mão-de-obra não residente e de existirem casos de injustiça para com empregadas domésticas vindas do exterior, o padre Vergara preferiu tratar o assunto de forma diplomática: «Ao que sei, os migrantes são bem-vindos e bem tratados. Para quem passa por dificuldades, tentamos ajudá-los da melhor forma possível».

O “Dia Mundial do Migrante e do Refugiado”, assinalado em todo o mundo no passado dia 14 de Janeiro, foi instituído pela Igreja Católica há mais de um século. Na missa realizada na Basílica de São Pedro, contando com milhares de participantes oriundos de 49 países, o Papa Francisco convidou as pessoas a superar os «medos» e a «ir ao encontro do outro».

«Ter dúvidas e receios não é um pecado. O pecado é deixar que estes medos determinem as nossas respostas, condicionem as nossas escolhas, comprometam o respeito e a generosidade, alimentem o ódio e a recusa. O pecado é renunciar ao encontro com o outro, com o diferente, com o próximo, que de facto é uma ocasião privilegiada de encontro com o Senhor», frisou, na homilia que assinalou a efeméride.

Já na recitação do Ângelus, perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, Francisco falou das migrações como um «sinal dos tempos» que exigem uma resposta a partir dos princípios da doutrina da Igreja: «acolher, proteger, promover e integrar».

Invocando razão pastorais, o pontífice anunciou que a partir de 2019 a efeméride vai passar a ser celebrada anualmente no segundo Domingo de Setembro.

P.D.O. com ECCLESIA

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