Cardeal D. Saraiva Martins

Teresa de Calcutá é «exemplo perfeito» da Misericórdia

O cardeal D. Saraiva Martins foi quem iniciou o processo de canonização de Madre Teresa de Calcutá, enquanto prefeito da Congregação para a Causa dos Santos. Fala de uma mulher santa, um modelo de misericórdia.

O cardeal D. Saraiva Martins foi o responsável pelo início do processo de canonização, e foi ainda na sua presidência da Congregação para as Causas dos Santos que Madre Teresa foi beatificada. «Fui eu quem levou a causa de beatificação até ao fim. Conheci muito bem Teresa de Calcutá, falei muitas vezes com ela, e ela convidou-me a ir ao mosteiro dela duas vezes. Era uma verdadeira santa, uma pessoa simples, humilde, trabalhava só a pensar no Evangelho, no bem dos irmãos, por isso fico muito contente que seja canonizada durante o Ano da Misericórdia», referiu à Família Cristã.

D. Saraiva Martins fala de uma pessoa que é «o exemplo perfeito, humanamente falando, de como temos de ser misericordiosos com os irmãos». «O modelo perfeito da misericórdia e do amor, porque a misericórdia é a demonstração concreta do amor», reforça.

Apesar de Madre Teresa ter muitos seguidores e devotos em todo o mundo, isso não significa que todos os que a admiram sejam também eles agentes de misericórdia. «As pessoas compreendem o que Madre Teresa fazia, podem é não saber vivê-la. Posso compreender uma coisa, mas não a viver. Os cristãos têm de saber o que é a Misericórdia, o problema é viver o que sabes que é a misericórdia, ajudar os teus irmãos, independentemente da origem, religião ou posição social. Deves amar todos os teus irmãos, com as suas diferenças, porque senão não amas a Deus», avisou o cardeal português.

Uma mensagem que pode ser «reforçada» com a canonização do passado Domingo. «Estou certo que a canonização de Teresa de Calcutá é um grande dom que Deus dá à Igreja, num contexto específico de misericórdia e de amor», acredita D. Saraiva Martins, que está convicto que ela e o Papa Francisco teriam sido «bons amigos, como ela o foi de João Paulo II».

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