Mais vale tarde…
Portugal vai abrir uma embaixada em Astana (Cazaquistão) e reabrir o consulado de Cantão, além de melhorar o apoio consular em 16 cidades com «forte presença da comunidade portuguesa», anunciou no parlamento português o ministro dos Negócios Estrangeiros, na passada quarta-feira.
«Em 2015 apostaremos na estabilização da rede diplomática e consular e avaliaremos o interesse em promover a presença em países que, por razões diversas, assumem uma importância acrescida no quadro das nossas relações internacionais, tendo sempre presente o objectivo de reforçar o alcance e a eficiência da rede externa», disse o governante, durante a audição conjunta das comissões parlamentares de Negócios Estrangeiros e de Finanças, a propósito da proposta do Governo sobre o Orçamento do Estado para o próximo ano.
Segundo o ministro, a decisão de instalar a embaixada no Cazaquistão e o consulado na cidade chinesa de Cantão reconhece «a importância da Ásia».
Por outro lado, Rui Machete admitiu a existência de «alguns problemas que ainda subsistem» em postos consulares e anunciou «medidas que deverão contribuir para melhorar o apoio consular, nomeadamente por via da diversificação e aumento da área de cobertura das permanências consulares, e de novos modelos de atendimento consular em zonas que registam forte presença da comunidade portuguesa».
Em causa estão Londres, Hamburgo, Estugarda, Genebra, Paris, São Paulo, Rio de Janeiro, Caracas e Valência (Venezuela), São Francisco e Montreal, Macau, Díli e ainda Luanda, Benguela e Maputo.
«De igual forma, apostaremos na melhoria dos mecanismos de apoio social às comunidades mais necessitadas, assim como no reforço da acção dos nossos centros culturais no estrangeiro, particularmente nos países lusófonos e onde se regista uma maior concentração de cidadãos portugueses», acrescentou o ministro.