BNU, lusofonia e digital são apostas.
A companhia de seguros Fidelidade Macau obteve um lucro recorde de 16,6 milhões de patacas em 2016. «O montante alcançado, duplicando o resultado do ano anterior, representa um marco importante para nós em termos de rentabilidade, fruto de uma estratégia de longo-prazo baseada numa prudente política de aceitação de riscos. Significa isto que a seguradora nunca irá sacrificar a capacidade de gerar resultados positivos para aumentar a quota de mercado pelo aumento dos prémios», disse a’O CLARIM Paulo Barbosa, presidente da Comissão Executiva da Fidelidade Macau.
A parceria com o Banco Nacional Ultramarino (BNU) tem dado resultados. «A estreita colaboração entre a Fidelidade Macau e o BNU, comungando de interesses comuns, tem conduzido a um melhor serviço aos clientes do BNU, quer particulares, quer empresas, que através da nossa companhia podem satisfazer todas as suas necessidades de protecção», frisou o mesmo responsável, considerando a instituição bancária como peça «fundamental para o desenvolvimento do negócio segurador em Macau».
A aposta está ainda voltada para a plataforma lusófona. Referindo que a empresa «tem vindo paulatinamente a reforçar a sua presença na RAEM, sendo actualmente a quinta seguradora com uma quota de mercado de 6 por cento», Paulo Barbosa acrescentou que «a Fidelidade Macau é a seguradora mais bem apetrechada para prestar um excelente serviço no âmbito da plataforma económica entre a China e os Países de Língua Portuguesa, cujo sucesso na cooperação comercial passa seguramente pelo uso do Português».
«Somos a única seguradora em Macau com reais capacidades de emissão de apólices na língua de Camões», vincou.
Para o administrador-executivo da Fidelidade Macau, Ivan Cheung, a companhia «possui, porventura, a mais alargada oferta de produtos de seguro na RAEM, que vão desde os seguros de viagem, de acidentes de trabalho e pessoais, até aos seguros automóvel, de responsabilidade civil e profissional, de incêndio e riscos associados, entre outros».
«Mais recentemente, fomos escolhidos pela Direcção dos Serviços de Educação e Juventude para a protecção dos mais de oitenta mil estudantes existentes em Macau, através do seguro escolar», descreveu.
A Fidelidade Macau iniciou recentemente um projecto interno, com o objectivo de afirmar-se como a seguradora de preferência da população de Macau. «Os detalhes não podem ser revelados de momento. A solução assenta numa “revolução digital”», adiantou Paulo Barbosa.
A companhia é uma filial da Fidelidade Portugal, que foi adquirida pelo consórcio chinês Fosun em Maio de 2014, o qual passou a deter 85 por cento do capital da seguradora, mantendo-se os restantes 15 por cento sob o controlo da Caixa Geral de Depósitos.
PEDRO DANIEL OLIVEIRA
pedrodanielhk@hotmail.com