Cáritas Macau recolheu 700 mil patacas
A Cáritas Macau angariou 700 mil patacas para ajudar as vítimas dos desastres naturais que a 28 de Setembro abalaram a ilha indonésia de Sulawesi. O dinheiro foi na segunda-feira enviado para a Cáritas Internacional, que se vai encarregar posteriormente de fazer com que o montante chegue às populações afectadas, disse a’O CLARIM o secretário-geral da Cáritas Macau, Paul Pun.
Um sismo de magnitude 7,1 na escala de Richter, seguido de tsunami, devastou a região central de Sulawesi no final do mês passado. O mais recente balanço da tragédia efectuado pelas autoridades indonésias dá conta de pelo menos duas mil e 10 vítimas mortais, mas o número de desaparecidos poderá ser superior a cinco mil pessoas.
A magnitude da devastação causada pelo maremoto de 28 de Setembro levou a Cáritas Macau a rever em alta o montante do apoio concedido às populações mais afectadas, explicou Paul Pun a’O CLARIM: «O montante é superior ao que anunciámos inicialmente porque o impacto do sismo e do tsunami também foi maior do que as primeiras notícias davam a entender. O dinheiro foi enviado para a Cáritas Internacional, que vai agora procurar avaliar as necessidades mais prementes nas zonas mais afectadas».
Ao contrário do que sucedeu noutras ocasiões em que a Cáritas Macau fez chegar o seu apoio a regiões afectadas por desastres naturais, desta vez o secretário-geral da organização não se vai deslocar à cidade de Palu, a mais afectada pela catástrofe que atingiu a ilha de Sulawesi no final do mês de Setembro. Paul Pun viaja esta sexta-feira para Banguecoque, cidade que acolhe até amanhã uma reunião da estrutura regional da Cáritas. O encontro reúne os representantes da organização em dez nações e territórios do Sudeste Asiático e da Ásia Oriental. Sobre a mesa, revelou Paul Pun, deverá estar também a tragédia em Sulawesi, com os presentes a procederem a uma avaliação dos esforços de socorro empreendidos. «Vamos procurar perceber se o apoio que fizemos chegar ao terreno é ou não suficiente para fazer frente às necessidades da população e para equacionar de que outra forma poderemos ajudar», referiu Paul Pun.
O mesmo responsável não exclui a possibilidade da organização poder vir a organizar uma campanha de recolha de alimentos e de bens de primeira necessidade para enviar para Sulawesi, caso as autoridades indonésias entenderem que tal é necessário. O levantamento das necessidades das populações que residem nas áreas mais afectadas pelos desastres naturais que devastaram a província de Sulawesi Central deverá ser conduzido pela Karina – Cáritas Indonésia, organização que deverá ser eleita pela Cáritas Internacional para gerir a ajuda canalizada para o terreno por organizações como a Cáritas Macau.
Para além dos mortos e dos desaparecidos, o maremoto de 28 de Setembro riscou do mapa localidades inteiras e deixou prejuízos na ordem das centenas de milhões de dólares. A Organização das Nações Unidas estima que cerca de duzentas mil pessoas necessitem de ajuda humanitária urgente.