Alunos da China Continental na Universidade de São José

À espera do plano celestial.

D. Stephen Lee, bispo de Macau, vai esperar pela entrada em funcionamento do novo campus da Universidade de São José (USJ) para saber se o Ministério da Educação da China vai autorizar a pretensão da instituição de Ensino Superior em receber alunos do continente chinês.

«O principal agora é esperarmos até que o novo campus da Universidade de São José esteja concluído, para estudarmos melhor a situação. Por enquanto, é difícil saber o que irá acontecer. Já houve a recusa formal. É preciso ver o que se seguirá», disse o prelado, em declarações a’O CLARIM.

Admitindo «não saber que posição vão as autoridades chinesas tomar» no futuro, referiu que é favorável «à lógica de tudo ser feito passo a passo», porque depois do novo campus estar concluído, «se puderem ver as novas instalações, certamente tudo será melhor».

O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, já manifestou o seu apoio à pretensão da USJ. «Desde o início estava a apoiar e a ajudar a USJ. Penso que é uma universidade boa, porque tem vindo a cooperar com a Universidade Católica Portuguesa e com outras do mundo. Esta vai ser uma boa universidade de Macau, mas ainda está em construção», explicou recentemente aos jornalistas, acrescentando: «Ainda não temos um campus em concreto. Talvez daqui para a frente, quando tiver instalações, se funcionar bem, penso que de certeza vai atrair alunos da China. Tenho muita confiança. Depois, irei dar o meu apoio».

Quanto ao Seminário de São José, D. Stephen Lee, na qualidade de novo reitor, referiu que vai estudar com a equipa pastoral quais as medidas a implementar ao nível da formação e do planeamento. «Vamos ver o que pode ser melhorado. Obviamente, perspectivo fomentar mais vocações, talvez em conjunto com os párocos, as escolas e as universidades», assumiu.

No seu entender, não será tarefa fácil, porque Macau é um local pequeno e a História do passado – o território já foi baluarte do Catolicismo no Extremo Oriente – dificilmente se repetirá: «O tempo agora é outro. Macau é realmente muito pequena, assim como a sua diocese e a população. Por isso, as vocações seguirão a linha da proporção».

D. Stephen Lee também revelou abertura para realizar mais encontros com jovens de Macau, à imagem do que aconteceu no passado sábado com o Centro Pastoral Jovem. «Estou disponível. Gostaria de me encontrar com mais grupos de jovens para saber o que esperam da Diocese e o que precisam. É sempre bom partilharmos ideias e saber o que sentem», concluiu.

PEDRO DANIEL OLIVEIRA

pedrodanielhk@hotmail.com

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