Presos de consciência

Birmânia perto da centena

A Amnistia Internacional (AI) denunciou ontem que as prisões da Birmânia têm pelo menos 91 prisioneiros de consciência, um valor dramaticamente superior aos dois contabilizados há dois anos.

«Isto representa uma subida dramática desde o amplo perdão presidencial em 2013, quando a Amnistia Internacional tinha conhecimento de apenas dois prisioneiros de consciência», afirmou a ONG em comunicado.

Num relatório intitulado “Voltar aos velhos hábitos”, a AI assegura que as autoridades aumentaram as medidas repressivas contra activistas, líderes estudantis, advogados ou jornalistas considerados como uma «ameaça», numa altura em que se aproximam as eleições gerais de 8 de Novembro.

Entre os detidos, a ONG refere-se ao líder estudantil Phyoe Phyoe Aung, que enfrenta nove anos de prisão por organizar um protesto no início do ano, com o fim de criticar uma lei de educação, e a Zaw Win, um advogado detido por denunciar a corrupção à porta de um tribunal.

A maioria é acusada de se manifestar ilegalmente, de ameaçar a estabilidade do Estado ou de ferir sentimentos religiosos, segundo a AI.

A organização insta os líderes internacionais a aumentarem a pressão contra o Presidente birmanês, Thein Sein, para que liberte todos os prisioneiros de consciência.

 

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