Mais de setecentas pessoas estiveram na Escola São Paulo
A diocese de Macau assinalou no passado Domingo, 19 de Outubro, o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, este ano subordinado ao tema “Migrantes, Missionários da Esperança”. A iniciativa reuniu nas instalações da Escola São Paulo mais de setecentos participantes, oriundos de países como Filipinas, Vietname, Indonésia, Myanmar, Malásia ou Timor-Leste.
A efeméride, que a Igreja Católica comemora desde 1914, voltou a contar em Macau com a presença do bispo D. Stephen Lee, que presidiu a Missa em Inglês. Na homilia, enalteceu o esforço desenvolvido pelas comunidades migrantes para manter viva a sua fé.
A’O CLARIM, o actual responsável pelo Centro Pastoral Católico, padre Raymund Gaspar, explicou que «este ano o certame contou com a participação de membros das comunidades filipina e vietnamita, mas também de trabalhadores provenientes de países como Nepal, Indonésia, Timor-Leste ou Malásia. Todos eles partilharam um pouco da sua cultura com outras comunidades migrantes radicadas em Macau. Foi uma boa celebração! Tivemos cerca de setecentos participantes connosco e o bispo D. Stephen Lee agraciou-nos com a sua presença. Aliás, proferiu uma belíssima homilia, com uma mensagem que todos os presentes conseguiram compreender». Logo depois da Missa, a Diocese ofereceu uma refeição a todos os participantes.
À tarde, e a exemplo do que tem sucedido noutros anos, o palco do principal auditório da Escola São Paulo acolheu um sarau cultural, em que as diferentes comunidades deram a conhecer alguns dos seus costumes e tradições.
Deste modo, também na RAEM, a Igreja Católica procura encarar com mais humanismo o contributo que os trabalhadores imigrantes dão à economia e à diversidade de Macau.
A celebração do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado constitui um raro momento de comunhão entre comunidades e povos com culturas e tradições muito distintas. «Este ano o tema escolhido pelo Papa Leão XIV para celebrar o 111.º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado foi “Migrantes, Missionários da Esperança”. Na mensagem que proferiu para assinalar esta ocasião, o Santo Padre enfatizou a ideia de que os migrantes e os refugiados encarnam, com igual projecção, ideias como esperança e resiliência. Os migrantes são um testemunho vivo da possibilidade de um mundo melhor, apesar dos desafios com que se deparam, da solidão e das dificuldades com que se confrontam por viverem sozinhos, longe da família», referiu o padre Raymund. «Oferecemos-lhes o almoço, e durante a refeição apercebi-me dos sorrisos e da satisfação que muitos evidenciaram por partilharem este momento de comunhão com outros filipinos ou com pessoas de outras nacionalidades com quem apenas coabitam numa terra longínqua, que não é a deles. É importante oferecer-lhes este tipo de percepção», concluiu o responsável pelo Centro Pastoral Católico.
Para além de D. Stephen Lee, estiveram presentes a directora dos Serviços de Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes, a cônsul-geral das Filipinas em Macau, Edna May Lazaro, e o secretário-geral da Cáritas de Macau, Paul Pun.
Marco Carvalho

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