Dei comigo a pensar…

Um dia destes, enquanto esperava a hora em que um determinado comentador político falava, calhou de estar no ar uma entrevista a um senhor que pertencia a um movimento intitulado “Rumos Novos”.

O entrevistado dizia-se «homossexual e católico». Fiquei sem perceber se ele considerava «homossexual» como substantivo, se como adjectivo. Católico também pode ser considerado substantivo – membro da Igreja Católica ou adjectivo – profissional praticante (médico católico, por exemplo).

Quer a entrevistadora quer o entrevistado, não conseguiram esclarecer de modo convincente que uma coisa é “ser homossexual” outra é “viver como homossexual” (casamento gay).

Queixava-se o entrevistado que a Igreja não acolhia os homossexuais. É uma falsidade que só serve os interesses de quem não quer ser esclarecido.

Foi também interrogado o padre Vítor Feytor Pinto, que declarou que quando alguém lhe vem pedir um conselho ou simplesmente conversar, não lhe pergunta qual é a sua orientação sexual. Se o próprio aborda o assunto e pede conselho ele então actua de acordo com a Doutrina da Igreja: se é homossexual, mas não vive como tal pode aproximar-se dos Sacramentos.

Isto deu-se na véspera do Sínodo e logo quiseram saber qual a opinião do Papa Francisco sobre o casamento dos divorciados. Bem, se os que estão divorciados, antes viviam em união de facto, não estavam casados; cessando essa união são solteiros e podem receber o Sacramento do Matrimónio. Se os divorciados eram realmente casados pela Igreja, continuam casados «até que a morte os separe».

Eu fui professora durante muitos anos e nunca me passou pela cabeça saber qual era a orientação sexual dos meus alunos/as; ser ou não era do seu foro íntimo.

O bispo mexicano D. Raúl Vera afirma que «não podemos anular a riqueza de uma pessoa somente devido à sua orientação sexual. Isso é doentio, isso é não ter coração, isso é não ter bom senso».

Já é do mais elementar bom senso saber qual é a orientação sexual dum candidato ao sacerdócio antes de entrar no Seminário. As autoridades competentes saberão como agir – isso não compete a qualquer leigo, que pela sua condição laical não tem nem deve dar opinião.

Maria Fernanda Barroca 

Professora

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