RELAÇÕES CHINA-VATICANO

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Encontro fantasma

Media generalista de referência mundial anunciou encontro de delegações dos dois Estados para Julho. Mas até ao momento nem um sinal da reunião se ter concretizado.

Órgãos de Comunicação Social em todo o mundo – alguns deles verdadeiras referências do jornalismo, como o South China Morning Postde Hong Kong – noticiaram durante os meses de Junho e Julho que delegações da China e do Vaticano se iriam encontrar no final do mês de Julho em Roma.

Na agenda dos trabalhos estaria a renovação do acordo assinado entre a China e a Santa Sé, em Setembro de 2018, com vista à nomeação de bispos por acordo de ambas as partes.

Ao que O CLARIMapurou, junto de fontes de Macau e de Roma, ligadas à acção pastoral e ao mundo académico, até ao momento não há qualquer informação – mesmo não oficial – de que o encontro se tenha efectivamente realizado e, claro está, muito menos o que foi discutido e acordado.

Segundo as fontes ouvidas em Macau e Roma, as notícias vindas a público não deverão passar de mera especulação, sendo que o mais prudente é esperar por um anuncio oficial por parte dos dois Estados.

Na realidade, desde o pontificado de Bento XVI que a China e o Vaticano mantêm um diálogo permanente. Acontece que o recente encontro entre o secretário do Vaticano para as relações com os Estados, cardeal D. Paul Gallagher, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, em Munique, na Alemanha, durante uma cimeira de chefes de Estado, fez disparar rumores de que os dois países voltariam a encontrar-se em breve para discutirem as condições do acordo de 2018, até porque – recorde-se – o acordo sempre foi classificado pelos seus assinantes como provisório.

José Miguel Encarnação

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