Mais rádio, televisão e um museu.
O Centro Diocesano dos Meios de Comunicação Social entra numa nova fase com a transmissão de conteúdos próprios na “Radio Veritas Asia”. A’O CLARIM, o novo director do Centro, Francisco Lio, revelou que pretende reiniciar as parcerias com a Rádio Vila Verde e a Rádio Macau. Em marcha está a modernização dos estúdios de televisão e som, e a abertura de um museu dedicado aos media da Igreja em Macau.
O recém-nomeado director do Centro Diocesano dos Meios de Comunicação Social, Francisco Lio, revelou a’O CLARIM que há acordo com a “Radio Veritas Asia” para a transmissão de programas produzidos pela diocese de Macau na estação católica de onda curta, sedeada em Quezon City, nas Filipinas.
«Firmámos uma parceria com a “Radio Veritas Asia” para difundir no servidor deles os nossos programas, em Cantonense, pela Ásia e até mesmo pelo mundo», disse Francisco Lio, acrescentando que o envio de conteúdos «deverá começar já em Janeiro do próximo ano».
De igual modo, vão ser envidados esforços para recuperar as parcerias com a Rádio Vila Verde e a Rádio Macau. «A Rádio Vila Verde está de volta. Vamos tentar conversar outra vez com a Rádio Macau e com a Rádio Vila Verde para ver se podemos retomar as nossas parcerias. Vamos ter de começar com um grupo de pessoas que estude o tipo de programa que seja mais conveniente às necessidades da Diocese e da sociedade», salientou Francisco Lio.
Nesse sentido, referiu: «Desde 1975 que transmitíamos o nosso programa de rádio em duas estações locais: a Rádio Vila Verde e a Rádio Macau. Após a Vila Verde cessar as suas operações nos anos noventa, e de em 2000 os custos do tempo de antena da Rádio Macau serem muito caros para nós, passámos a transmitir o programa de rádio na nossa página electrónica».
«E porque o servidor que contratámos para acomodar o nosso programa de rádio também não tem ultimamente sido estável, parámos e estamos agora a reorganizar a nossa página electrónica», frisou.
Tecnologia e museu
Em cima da mesa – segundo Francisco Lio – está a renovação e actualização dos meios de produção própria. «Estamos a planear [a concretização de] um novo centro de produção de programas de vídeo e rádio, usando os novos media para a evangelização. O escritório principal está agora no rés-do-chão, enquanto o estúdio antigo, ainda a funcionar bem, continua no andar de cima. Porém, é nossa intenção alargá-lo. Nesse sentido, vamos actualizar os nossos estúdios de televisão e de som com a tecnologia digital mais avançada», garantiu.
«Durante todos estes anos temos vindo a trabalhar no campo dos media para programas de rádio, vídeo e cinema. Neste momento continuamos com este tipo de ferramentas de evangelização, usando todo o tipo de media. A Internet chegou e é difícil dividir o que é a rádio, o vídeo, a Imprensa, os jornais. Trabalhamos agora tudo isto pela Internet. Os media trabalham todos juntos, não podemos fazer divisões», justificou, a propósito da interactividade das opções que o Centro tem à disposição.
Outra novidade é a abertura de um museu que retrate o percurso dos media da Igreja em Macau. «Temos todo o equipamento profissional, mas estamos a planear abrir um museu com o desenvolvimento de todos os media, especialmente com a história do desenvolvimento dos media electrónicos da Igreja, desde 1975 até hoje. Estamos à procura de um lugar para acomodarmos o museu, pois temos muito material; posters e equipamento audiovisual de décadas anteriores», avançou Francisco Lio.
«Está tudo a ser planeado, mas continuamos ainda com o que estamos a fazer», disse, em jeito de conclusão.
Comissão Diocesana para os Media (Caixa)
A Comissão Diocesana dos Meios de Comunicação Social, criada na passada terça-feira por D. Stephen Lee, à qual preside, tem como objectivo três áreas essenciais de intervenção: ajudar o bispo da diocese de Macau a identificar a orientação evangélica e pastoral para a Comunicação Social, ajudar o prelado a coordenar e unificar os recursos do sector dentro da Igreja e, por último, supervisionar e guiar as organizações de Comunicação Social no seio da Diocese.
«Uma das medidas concretas é tornar o Cineteatro, para além de ser um auditório, num centro de Comunicação Social que seja mais acessível às escolas ou estúdios, por forma a ajudá-los e a outras organizações a produzirem filmes ou “apps” [aplicações]», explicou a’O CLARIM D. Stephen Lee.
«São, no geral, ideias relacionadas com a Comunicação Social. Estamos a tentar identificar mais áreas de actuação», vincou, adiantando que a medida «envolve muitas pessoas dos media – dos jornais, da televisão e de diferentes organizações, tais como algumas publicações, entre as quais O CLARIM».
PEDRO DANIEL OLIVEIRA