Benções e homenagens no arranque do novo ano lectivo.
Mais de duas mil pessoas – entre professores, dirigentes e auxiliares educativos – encheram na passada segunda-feira o Pavilhão Multidesportivo do Instituto Politécnico de Macau (IPM), no âmbito das cerimónias do Dia do Professor da Associação das Escolas Católicas de Macau. A iniciativa, presidida por D. Stephen Lee, bispo de Macau, e apadrinhada pelo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, assinalou o arranque oficial do novo ano lectivo nas 26 escolas católicas do território, com o prelado a abençoar os docentes, dirigentes e pessoal auxiliar que ao longo dos próximos nove meses vão ser responsáveis pela educação de mais de dez mil alunos.
D. Stephen Lee pediu a Deus que os professores dos 26 estabelecimentos de ensino de inspiração católica tenham força para se manter fiéis aos compromissos assumidos e possam guiar os estudantes que lhes foram confiados, de forma a que se desenvolvam de modo saudável e se tornem adultos intervenientes e responsáveis.
As cerimónias tiveram como convidada especial uma conhecida psiquiatra e especialista em desenvolvimento juvenil da vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong. Numa longa intervenção, Sylvia Chen Chia Lu lembrou que os professores são dos profissionais que estão mais sujeitos ao “stress” e sublinhou a importância do humor «na transformação de emoções negativas em energias positivas».
Pedra basilar do trabalho educativo desenvolvido pelos estabelecimentos de ensino que integram a Associação das Escolas Católicas de Macau, os docentes foram as grandes figuras da tarde, com o organismo liderado pelo padre Joseph Chow Pak Fai a distinguir quase meia centena de professores que fizeram da educação um compromisso de vida. Entre os homenageados estiveram Philip M. Reavis, antigo atleta olímpico norte-americano que ensina Inglês e história desde há 35 anos no Colégio de São José. Ainda mais notória é a dedicação demonstrada por Chao Fong Peng, Lee Chuck Wah e Annie Liu Chiu San, professores que se mantiveram ao serviço daquele colégio ao longo dos últimos 45 anos.
Mas o que diferencia as escolas católicas das demais instituições de ensino do território? Para Candy Ng Sao Wai, directora da Secção Inglesa do Colégio de Santa Rosa de Lima, trata-se sobretudo de uma questão de valores: «Procuramos transmitir aos nossos alunos as virtudes católicas, mesmo que eles não sejam católicos. Este aspecto é o que nos distingue das outras escolas. Acredito que com os valores que transmitimos aos nossos alunos eles aprenderão a amar e a respeitar, e a ser amados e respeitados», defendeu Candy Ng, em declarações a’O CLARIM.
Marco Carvalho