Centro de Cultura Newman recorda bombardeamento de Macau
A 16 de Janeiro de 1945, em plena Segunda Guerra Mundial, Macau foi alvo de um ataque aéreo por parte da aviação norte-americana. O episódio, que vitimou cinco pessoas e destruiu o Centro de Aviação Naval do território, vai ser recordado pela voz de Lam Iek Chit, a 12 de Setembro, no Centro de Cultura e Artes Performativas Cardeal Newman.
Lam Iek Chit, urbanista que integra o Conselho do Património Cultural e que preside à Cooperativa Root Planning, entidade da sociedade civil que defende uma gestão mais equilibrada do espaço urbano, vai abordar o ataque dirigido contra os hangares do extinto Centro de Aviação Naval de Macau e outros incidentes de natureza bélica que envolveram Macau desde o final do Século XVII. «O bombardeamento foi não apenas a primeira ocasião em que Macau esteve sob ataque directo durante a Segunda Guerra Mundial, mas também um dos poucos episódios bélicos em que Macau esteve envolvido desde o Século XVII», referiu uma fonte do Centro de Cultura Cardeal Newman, em declarações a’O CLARIM.
Para além de ter destruído os hangares da aviação naval, situados no Porto Exterior, a investida aérea norte-americana danificou igualmente a Fortaleza de Dona Maria. Ciente das intenções das autoridades portuguesas de Macau de venderem parte do combustível armazenado no Centro de Aviação Naval ao Exército japonês, a Marinha de Guerra conduziu duas operações para destruir as instalações: da parte da manhã, os aviões norte-americanos arrasaram o alvo e da parte da tarde confirmaram o sucesso da investida. O bombardeamento saldou-se em cinco mortos e na destruição do antigo Museu Marítimo de Macau, que estava localizado num dos hangares do Centro de Aviação Naval.
Agendada para o início da noite da próxima sexta-feira, 12 de Setembro, a palestra será proferida em Cantonense, estando limitada à participação de trinta pessoas. O custa de inscrição é de oitenta patacas.
“ECOS DO CORAÇÃO”, POR IVAN LEONG
O Centro de Cultura e Artes Performativas Cardeal Newman mantém patente, até 14 de Setembro, a exposição “Ecos do Coração”. A mostra reúne alguns dos mais emblemáticos instantâneos captados por Ivan Leong Wai Chun, que se notabilizou ao longo dos últimos anos ao serviço d’O CLARIM. Os trabalhos fotográficos seleccionados revelam a ligação muito pessoal que Ivan Leung mantém com o Divino. O fotógrafo regressa a 13 de Setembro às instalações do Centro de Cultura, para uma última visita guiada, durante a qual vai falar sobre a sua vocação e percurso pessoal por detrás das lentes.
M.C.