Quais os elementos necessários para conferir o Sacramento da Ordem?
O Catecismo da Igreja Católica (CIC) dá-nos os elementos necessários para conferir o Sacramento das Ordens Sagradas, no ponto 1573: “O rito essencial do sacramento da Ordem é constituído, para os três graus, [1] pela imposição das mãos, por parte do bispo, sobre a cabeça do ordinando, bem como [2] pela oração consecratória específica, que pede a Deus a efusão do Espírito Santo e dos seus dons apropriados ao ministério para que é ordenado o candidato (Pio XII. Constituição Apostólica Sacramentum ordinis)”.
Na mencionada Constituição Apostólica, o Papa Pio XII esclareceu que “na questão das ordens sagradas do diaconato, sacerdócio e episcopado, é apenas isso, a imposição das mãos” – “Compete aos Bispos validamente ordenados, enquanto sucessores dos Apóstolos, conferir os três graus do sacramento da Ordem” (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica [CCIC] nº 332).
QUANDO FOI INSTITUÍDO O SACRAMENTO DA ORDEM? –O Sacramento da Ordem foi instituído por Jesus Cristo na Última Ceia, quando ordenou aos Apóstolos: «Fazei isto em memória de mim»; isto é, continuar renovando o Sacrifício que Ele ofereceu ao Pai. Ficou claro que este Sacramento existe para a Eucaristia. Encontra a sua razão de ser e sentido no Sacramento do Corpo e Sangue do Senhor, portanto, está intimamente ligado a ele.
QUE EFEITO TEM A ORDENAÇÃO EPISCOPAL? –O CCIC ensina-nos, no ponto 326: “A Ordenação episcopal confere a plenitude do sacramento da Ordem, faz do Bispo o legítimo sucessor dos Apóstolos, insere-o no Colégio episcopal, partilhando com o Papa e os outros Bispos a solicitude por todas as Igrejas, e confere-lhe a missão de ensinar, santificar e governar”.
Ensinar, santificar e governar correspondem ao ofício triplo de profeta, sacerdote e rei, respectivamente. Cada bispo é normalmente colocado no comando de uma parte da Igreja: “O Bispo, ao qual é confiada uma Igreja particular, é o princípio visível e o fundamento da unidade dessa Igreja, a favor da qual exerce, como vigário de Cristo, o ministério pastoral, coadjuvado pelos presbíteros e diáconos” (CCIC nº 327).
QUE PODERES CONFERE A ORDENAÇÃO SACERDOTAL? –O CCIC dá-nos a resposta no ponto 328: “A unção do Espírito assinala o presbítero com um carácter espiritual indelével, configura-o a Cristo sacerdote e torna-o capaz de agir em nome de Cristo Cabeça. Sendo cooperador da Ordem episcopal, ele é consagrado para pregar o Evangelho, para celebrar o culto divino, sobretudo a Eucaristia, da qual o seu ministério recebe a força, e para ser o pastor dos fiéis”.
E podem os sacerdotes, simplesmente, exercer o seu ministério em qualquer lugar? “Embora seja ordenado para uma missão universal, ele exerce-a numa Igreja particular, em fraternidade sacramental com os outros presbíteros que formam o ‘presbitério’ e que, em comunhão com o Bispo, e, em dependência dele, têm a responsabilidade da Igreja particular” (CCIC 329).
Tal regra também inclui os diáconos? O termo “diácono” vem do Grego “diakonia” (significa “serviço”). Refere o CCIC, no ponto 330: “O diácono, configurado a Cristo servo de todos, é ordenado para o serviço da Igreja sob a autoridade do Bispo, em relação ao ministério da Palavra, do culto divino, da condução pastoral e da caridade”.
Quais são tarefas atribuídas aos diáconos? Estas estão explanadas no ponto 1570 do Catecismo da Igreja Católica: “Os diáconos assist[em] o bispo e os sacerdotes na celebração dos divinos mistérios, sobretudo da Eucaristia [Sagrada Comunhão], distribuí-la, assistir ao Matrimónio e abençoá-lo, proclamar o Evangelho e pregar, presidir aos funerais e consagrar-se aos diversos serviços da caridade”.
O que são diáconos permanentes? Os diáconos permanentes são homens casados. “A partir do II Concílio do Vaticano, a Igreja latina restabeleceu o diaconado como grau próprio e permanente da hierarquia” (CCIC 1571).
Pe. José Mario Mandía
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