TEOLOGIA, UMA DENTADA DE CADA VEZ (151)

TEOLOGIA, UMA DENTADA DE CADA VEZ (151)

Quais são os elementos essenciais do Sacramento da Unção dos Enfermos?

O Catecismo da Igreja Católica refere no ponto 1513: “A Constituição Apostólica ‘Sacram Unctionem Infirmorum’, de 30 de Novembro de 1972, na sequência do II Concílio do Vaticano, estabeleceu que, a partir de então, se observasse o seguinte no rito romano: ‘O sacramento da Unção dos Enfermos é conferido aos que se encontram enfermos com a vida em perigo, ungindo-os na fronte e nas mãos com óleo de oliveira ou, segundo as circunstância, com outro óleo de origem vegetal, devidamente benzido, proferindo uma só vez, as palavras: «Por esta santa unção e pela sua infinita misericórdia o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na sua bondade, alivie os teus sofrimentos»’”.

No rito oriental outras partes do corpo são também ungidas, descreve o CIC no ponto 1531: “0 essencial da celebração deste sacramento consiste na unção na fronte e nas mãos do doente (no rito romano) ou sobre outras partes do corpo (no Oriente), unção acompanhada da oração litúrgica do sacerdote celebrante que pede a graça especial deste sacramento”.

A matéria remota deste Sacramento é o azeite de oliveira ou de outras plantas que tenham sido abençoadas. A matéria próxima é a unção na testa e nas mãos.

A forma, como já mencionado, é a oração que é recitada enquanto a unção está a ser ministrada.

E quem é o ministro destes Sacramentos? Lembremos as palavras de São Tiago (5:14-15): «Algum de vós está doente? Chame os presbíteros da Igreja, a fim de que estes orem sobre a pessoa enferma, ungindo-a com óleo em o Nome do Senhor; e a oração, feita com fé, curará o doente, e o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, será perdoado». Quer isto dizer que nem todos podem ungir, pelo que os sacerdotes da Igreja devem ser chamados.

O CIC repete este último ensinamento no ponto 1516: “Só os sacerdotes (bispos e presbíteros) são ministros da Unção dos Enfermos. É dever dos pastores instruir os fiéis acerca dos benefícios deste sacramento. Que os fiéis animem os enfermos chamarem o sacerdote para receberem este sacramento. E que os doentes se preparem para o receber com boas disposições, com a ajuda do seu pastor e de toda a comunidade eclesial, convidada a rodear, de um modo muito especial, os doentes, com as suas orações e atenções fraternas”.

Que tipo de óleo é usado?

O ponto 1530 do CIC ensina-nos que o óleo deve ser “benzido pelo bispo ou, em caso de necessidade, pelo próprio presbítero celebrante”.

E quem pode receber a unção?

O Código de Direito Canônico refere os seguintes cânones, acerca de quem pode receber a Unção dos Enfermos:

Cânone 1004 – 1. A unção dos doentes pode administrar-se ao fiel que, tendo atingido o uso da razão, por motivo de doença ou velhice, começa a encontrar-se em perigo de vida. 2. Pode reiterar-se este sacramento, se o doente, depois de ter convalescido, recair em doença grave ou se, durante a mesma enfermidade, aumentar o perigo.

Cânone 1005 – Em caso de dúvida se o doente atingiu o uso da razão, ou se está perigosamente enfermo, ou se já está morto, administre-se o sacramento.

Cânone 1006 – Administre-se o sacramento aos doentes que, quando estavam no uso da razão, ao menos implicitamente o teriam pedido.

Cânone 1007 – Não se administre a unção dos doentes àqueles que perseveram obstinadamente em pecado grave manifesto.

O CIC explica, no ponto 1514, que “a Unção dos Enfermos não é sacramento só dos que estão prestes a morrer. Por isso, o tempo oportuno para a receber é certamente quando o fiel começa, por doença ou por velhice, a estar em perigo de morte”.

Pe. José Mario Mandía

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