SEMINÁRIO DE SÃO JOSÉ ENCERRA CICLO DE CONFERÊNCIAS DEDICADO À MAXIMUM ILLUD NA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA
O padre Peter Stilwell encerra o ciclo de conferências com que a Faculdade de Estudos Religiosos da Universidade de São José assinalou, ao longo do último ano, o centésimo aniversário da promulgação da Carta Apostólica Maximum Illud. Na segunda-feira, o reitor da USJ vai abordar o papel que as universidades católicas desempenharam nos esforços de evangelização dos povos asiáticos.
O Salão Gratia, no Seminário de São José, acolhe na próxima segunda-feira a sétima e última palestra do ciclo com que que Faculdade de Estudos Religiosos da USJ assinalou, ao longo dos últimos meses, os cem anos da Maximum Illud, a Carta Apostólica com que o Papa Bento XV procurou emancipar a Igreja Católica face a interesses nacionais e temporais, nomeadamente através da aposta na formação de um clero indígena, investido da missão de evangelizar numa vasta miríade de idiomas.
O aporte das universidades católicas para o sucesso da estratégia gizada há um século por Bento XV é inegável e é esse contributo que o padre Peter Stilwell se propõe analisar na derradeira conferência do ciclo “Evangelização por Missionários Locais”. O reitor da Universidade de São José vai abordar o papel das universidades católicas no continente asiático, em contextos onde os católicos se prefiguram uma minoria. «Não tenciono abordar questões como o papel da Universidade de Santo Tomás, nas Filipinas, que funciona num contexto largamente católico, mas sim avançar com sugestões que talvez sejam aplicáveis em locais como o Japão ou Banguecoque, onde também há universidades católicas e onde a população católica é muito pequena», explicou o padre Peter Stilwell, em declarações a’O CLARIM. «Vou procurar sustentar essas sugestões na Universidade de São José, aplicando aquilo que tem sido a minha experiência em Macau», acrescentou ainda.
O reitor vai procurar explicar de que forma é que uma universidade católica se pode distinguir das demais instituições de Ensino Superior, em contextos cultural e politicamente diversos, como os que prevalecem em grande parte do continente asiático. «A questão passa, sobretudo, por definir o que distingue a universidade católica de outras universidades, para além do facto de eventualmente ter um curso de Teologia», referiu o sacerdote. Para este responsável, «é importante abordar a razão pela qual as universidades católicas devem apostar em outros cursos e em que é que esses cursos se diferenciam em relação a outras universidades que não se definem como católicas. No fundo, esclarecer qual é a diferença que introduzimos».
Marco Carvalho