Não se prejudique os mais frágeis e excluídos
Francisco pede reflexão ética nas áreas do Direito e Educação, e uso responsável ao serviço da humanidade e da protecção da casa comum.
O Papa Francisco escolheu focar a inteligência artificial e a paz na celebração do próximo dia 1 de Janeiro, manifestando os “progressos realizados” e o impacto na vida das pessoas.
“‘Inteligência Artificial e Paz’ é o tema da próxima Mensagem do Dia Mundial da Paz. Os notáveis progressos realizados no campo da inteligência artificial estão a ter um impacto cada vez maior na actividade humana, na vida pessoal e social, na política e na economia”, informou a Sala de imprensa da Santa Sé.
O Papa indica que a “protecção da dignidade da pessoa e a preocupação por uma fraternidade efectivamente aberta a toda a família humana” é uma condição “indispensável” para que o “desenvolvimento tecnológico possa contribuir para a promoção da justiça e da paz no mundo”.
Apelando “a um diálogo aberto” sobre o significado das novas tecnologias, “dotadas de possibilidades disruptivas e de efeitos ambivalentes”, Francisco recorda a necessidade de permanecer atento para que estes dispositivos não se tornem meios de “violência e discriminação”.
“(O Papa) recorda a necessidade de estar atento e de trabalhar para que uma lógica de violência e de discriminação não se enraíze na produção e no uso de tais dispositivos, em detrimento dos mais frágeis e excluídos: a injustiça e as desigualdades alimentam os conflitos e os antagonismos”, pode ler-se na nota publicada.
Francisco pede uma orientação “responsável” no uso “da inteligência artificial” para que “esteja ao serviço da humanidade e da protecção da casa comum” e pede por isso uma “reflexão ética que se estenda ao âmbito da Educação e do Direito”.
O Dia Mundial da Paz foi instituído em 1968 por São Paulo VI (1897-1978) e é celebrado no primeiro dia de cada ano, com uma mensagem papal.
In ECCLESIA
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