Igreja de São José Operário acolhe campo de férias
Aulas de dança e desenho, sessões de gastronomia, lições de idiomas e muitas mais actividades. O Centro Pastoral Diocesano para a Juventude volta este ano a ir ao encontro das necessidades de dezenas de famílias do território, ao promover um amplo programa de actividades de férias. A iniciativa, que se prolonga por três semanas, volta a ter lugar na paróquia de São José Operário.
A igreja de São José Operário, na zona da Areia Preta, recebe entre 24 de Julho e 14 de Agosto uma nova edição do programa de actividades de férias promovido pela diocese de Macau. A iniciativa, concebida e coordenada pelo Centro Pastoral Diocesano para a Juventude, só se materializa no final do mês, mas começa a ser preparada já na próxima semana, com o organismo secretariado por Tammy Chio a promover a primeira de quatro sessões de formação direccionadas para os jovens voluntários que se associaram ao projecto. «Neste momento, a maior parte dos alunos ainda se estão a submeter a exames. Depois do período de exames terminar, a nossa intenção é começar a preparar estas actividades. Vamos dar formação aos nossos jovens voluntários e depois deste período de formação terminar estes voluntários vão trabalhar com as crianças que vão participar nas nossas actividades de férias», explica a secretária-geral do Centro Pastoral Diocesano para a Juventude, em declarações a’O CLARIM.
«Estas acções de formação vão começar na próxima semana. Em termos gerais, vamos promover quatro sessões de formação e depois destas sessões de formação os nossos voluntários terão que preparar as suas próprias propostas para as actividades de Verão. Estas propostas vão depender dos voluntários e daquilo que eles estão habilitados a fazer. Alguns são muito bem versados em actividades como o desenho ou a dança, e o mais certo é que façam uso destes talentos para ensinar as nossas crianças», acrescenta Tammy Chio.
Multifacetado, o referido programa deverá oferecer, para além do desenho e da dança, muitas outras actividades lúdicas e pedagógicas. Os “workshops” de cozinha direccionados para os mais novos estão entre as ofertas mais populares, refere Chio. «Gostam muito das aulas de cozinha, de desenho e de jogar jogos uns com os outros, principalmente com os miúdos da mesma idade. Tentamos oferecer-lhes actividades de grupo todos os dias. E depois de terminadas as sessões podem comer um pequeno lanche. Eles adoram comer», salienta a dirigente, com um sorriso.
Vocacionado para crianças com idades compreendidas entre os cinco e os onze anos, o programa de actividades de férias promovido pela diocese comporta um custo simbólico de cem patacas e deve abrir as portas para cerca de uma centena de crianças. A exemplo do que sucedeu em 2020, o espectro da pandemia de Covid-19 volta este ano a afectar o funcionamento da iniciativa e obriga a organização secretariada por Tammy Chio a puxar pelos galões da criatividade para servir o maior número possível de crianças. «As actividades vão decorrer entre segunda-feira e sábado. Por causa do Covid-19, no ano passado vimo-nos obrigados a promover uma experiência um bocadinho diferente, a de separar as crianças em duas turmas diferentes. A turma A participava nas actividades às segundas, quartas e sextas-feiras. A outra turma vinha nos restantes dias. Optámos por este sistema para permitir que todos os miúdos que se inscreveram nas nossas actividades pudessem tomar parte nelas pelo menos três vezes por semana», nota. «Este ano vamos optar pelo mesmo modelo, até porque a experiência que tivemos no ano passado foi bem-sucedida. Antes do Covid-19 as crianças podiam participar nas actividades todos os dias. A pandemia obrigou-nos a controlar o número de pessoas que se podem reunir ao mesmo tempo num mesmo espaço e nós optámos por separar o grupo em duas turmas diferentes. O mesmo acontece com os nossos voluntários, que vão monitorizar as actividades das crianças. Este ano temos cerca de setenta voluntários que se vão revezar para tomar parte nos actividades», complementa Tammy Chio.
Para os cerca de setenta voluntários, o programa de actividades constitui, sobretudo, uma oportunidade para se colocar ao serviço dos outros e para mostrar competências sociais. Para alguns dos participantes, sustenta Tammy, o envolvimento nas actividades de Verão teve o condão de abrir novos horizontes e de os colocar na senda de algo mais. «Um terço destes voluntários vão juntar-se a nós pela primeira vez este ano. Se os nossos jovens voluntários sentirem que o nosso programa de actividades de férias é um bom programa, vão encorajar os amigos para que se juntem a nós», explica a responsável. «No Centro, ficamos muito satisfeitos com este tipo de resultados. Não tenho números concretos para lhe mostrar, mas outro facto curioso é que um número significativo destes voluntários, depois de concluírem o Ensino Secundário, opta por enveredar pelo ensino ou, então, por se tornarem assistentes sociais. Isto é algo que nos deixa muito orgulhosos», conclui Tammy Chio.
As actividades de Verão promovidas pela diocese de Macau e pelo Centro Pastoral Diocesano para a Juventude estão direcionadas sobretudo para crianças que têm o Cantonense como língua materna, mas há alternativas para quem tem o Português como primeira língua. O Jardim de Infância D. José da Costa Nunes vai promover, entre 19 de Julho e 13 de Agosto, o seu próprio campo de férias, uma iniciativa em que os próprios alunos da instituição têm prioridade em termos de inscrição. Já as actividades de Verão da Casa de Portugal em Macau devem este ano decorrer entre 26 de Julho e 13 de Agosto, na Escola Oficial Zheng Guanyin, na zona norte da cidade.
Marco Carvalho