SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS CELEBRA-SE A 1 DE NOVEMBRO

SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS CELEBRA-SE A 1 DE NOVEMBRO

Intercessores e modelos de vida cristã

A Igreja universal celebra, na próxima segunda-feira, 1 de Novembro, a Solenidade de Todos os Santos. Nesta data exulta-se – como a própria designação indica – a glória e a honra de todos os santos, que contemplam eternamente o rosto de Deus e vivem plenamente a sua visão beatífica; unidos a Cristo na glória eterna intercedem pela Igreja, por todos os fiéis. Nesta comunhão espiritual surge a expressão “comunhão dos santos”, que indica a participação de todos os membros da Igreja na fé, nos Sacramentos, nos carismas e noutros dons espirituais.

O apelo de Deus à santidade, revelado nas Sagradas Escrituras, é um caminho que todos os cristãos são chamados a trilhar, seguindo o exemplo dos que alcançaram a santidade, que são propostos como modelos de vida cristã; no encontro com Jesus e por Sua graça, a Ele confiaram as suas vidas, fraquezas e sofrimentos, num caminho de aperfeiçoamento.

O dom da Eucaristia permite a antecipação da liturgia que o Senhor celebra no santuário celestial, com Todos os Santos. A grandeza da redenção é medida pelos seus frutos, isto é, pelos que foram redimidos pela santidade.

A origem desta festa da esperança, objectivo da vida em Cristo, tem raízes antigas. No Século IV teve início a comemoração dos fiéis mártires. Os primeiros sinais desta celebração encontramos em Antioquia, no Domingo após o Dia de Pentecostes, sobre os quais fala São João Crisóstomo.

Entre os Séculos VIII e IX, esta festividade começou a espalhar-se pela Europa e em Roma, onde o Papa Gregório III (731-741) escolheu o dia 1 de Novembro como a data que coincidia com a consagração de uma capela, na Basílica de São Pedro, dedicada às relíquias “dos santos Apóstolos e de todos os Santos mártires e confessores, e a todos os justos, que descansam em paz no mundo”.

O Papa Emérito Bento XVI, na homilia por ocasião da Solenidade de Todos os Santos, a 1 de Novembro de 2006, afirmou: «Ser santo significa: viver na intimidade com Deus, viver na sua família. Esta é a vocação de todos nós, reiterada com vigor pelo Concílio Vaticano II, e hoje proposta de novo solenemente à nossa atenção. (…)Mas como é que podemos tornar-nos santos, amigos de Deus? A esta interrogação pode-se responder antes de tudo de forma negativa: para ser santo não é necessário realizar acções nem obras extraordinárias, nem possuir carismas excepcionais. Depois, vem a resposta positiva: é preciso sobretudo ouvir Jesus e depois segui-lo sem desanimar diante das dificuldades (…)».

E continuou o Santo Padre: «Os santos são nossos amigos e modelos de vida. Invoquemo-los para que nos ajudem a imitá-los e comprometamo-nos a responder com generosidade, segundo o seu exemplo, à vocação divina. Invoquemos especialmente Maria, Mãe do Senhor e espelho de toda a santidade. Ela, a Toda Santa, nos faça ser fiéis discípulos do seu Filho Jesus Cristo! Amém».

Miguel Augusto 

com Vatican News e Libreria Editrice Vaticana

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