Dar mais voz às comunidades migrantes
O director-executivo da Fundação Rui Cunha (FRC), Manuel Tubal Gonçalves, disse a’O CLARIM que a instituição da qual faz parte está interessada em apoiar os projectos das comunidades migrantes que possam contribuir para o desenvolvimento da sociedade.
«A Fundação foi constituída para servir Macau e as suas gentes, pelo que se pode afirmar que todas as gentes de Macau (aquelas que aqui habitam legalmente) constituem o foco da nossa acção em prol da melhoria do Direito que os serve e enquadra, do desenvolvimento da sua cultura e do apoio aos mais desfavorecidos», referiu Tubal Gonçalves.
«As comunidades migrantes, que se enquadram no conceito de gentes de Macau, são bem vindas e incentivadas a apresentar as suas propostas, que são analisadas em pé de igualdade com as comunidades constituídas pelos que nasceram em Macau, pois os projectos da Fundação têm um foco claro nas gentes de Macau», assinalou o mesmo responsável, lembrando que «os objectivos [da FRC] encontram-se clara e especificamente inscritos nos seus Estatutos».
Garantiu que «os projectos originados na Fundação não privilegiam quaisquer comunidades», dado que «o objectivo é sempre o desenvolvimento de Macau como um todo, seja no que se refere ao Direito, seja no que se refere ao desenvolvimento sócio-cultural» do território.
«Mas quando se trata de projectos apresentados pelas comunidades, a nossa análise é feita tendo em conta os meios limitadíssimos que dispomos e a eficácia da sua aplicação», frisou, acrescentando ser este «o primado» que rege a FRC.
«Como a comunidade chinesa de Macau é constituída pela esmagadora maioria da população, não pode deixar de ser compreensível que a maior parte dos projectos tenham a sua origem nesta comunidade», sustentou.
«Apesar disso, tem sido possível acolher projectos de outras comunidades, nomeadamente, e com maior relevância, da portuguesa e da filipina», concluiu Tubal Gonçalves.
P.D.O.